Seria apenas uma jornada
Seria apenas uma aventura
Uma viajem atravessando o mar sob a ordem de um rei, para acompanhar a princesa prometida. Seria apenas isso que o Bjorn ia fazer, deixar princesa Nilda no reino Urubor e voltar para casa. Seria i...
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Logo ao amanhecer, Idaya estava sentada na cama, costurando um vestido. Um vestido longo, na cor amarelo, com bordados vermelhos e azuis. No reino Orquija as mulheres usavam roupas com estampas de varias cores. Tecidos feitos por mulheres dedicadas e criativas, que criavam varias estampadas para cada tecido. Alguns pintavam e outras bordavam. Idaya como muitas outras mulheres e como o costume, aprendeu a costurar e bordar, a cozinhar, dançar e tocar instrumentos musicais do seu reino. Já os homens também sabiam dançar e tocar instrumentos musicas se quisessem, mas tinham a obrigação de aprender artes marciais e só eram prestigiados se tornassem soldados. Idaya era uma mulher versátil que gostava tanto de dotes considerados femininos, assim como os dotes que eram considerados masculinos na sua época. Ela acreditava que todo o ser humano era livre de ser o que desejava. Costurava o seu vestido mas os seus pensamentos, estavam num outro lugar. Pensava no homem que ela havia acolhido, se perguntava qual seria o seu nome, de onde ele viria e qual seria a sua história. Distraída, acabou furando o seu dedo indicador com a agulha e levou logo a boca, chupando o seu sangue e parando o sangramento. Olhou para a janela, enxergando as árvores longas da sua vila. Vendo que tempo estava passando ela guardou o vestido, no seu pequeno baú, pegou a sua sacola feita de pano e foi até a cozinha pegando alguns potes de ervas. Sem ninguém perceber ela, colocou os potes de erva na sacola e ao sair, assustou-se deparando-se com a sua irmã Tassyla.
- Bom dia Idaya. - Tassyla sorriu.
- Bom dia irmã.
- Onde vai? - Tassyla encarou-a curiosa.
- Para aula de costura, preciso aprimorar algumas coisas... Tassyla encarou-a desconfiada.
- Não está indo cedo demais, ainda falta o horario da para a aula.
- Sim, eu sei, mas sabe que eu gosto de passear pela vila e...
- Ir a casa do Marvo... - Tassyla acrescentou. - O medico tradicional do reino.
- Também... - Idaya sorriu, tentando disfarçar a sua ansiedade para o ver o homem que ela acolheu em segredo.
- Eu não vejo vantagem em aprender algo que nunca vai poder praticar, sabe que o seu destino nunca vai ser uma medica tradicional, mas esposa de um guerreiro nobre como o nosso irmão! - Tassyla afirmou, pois sabia que a sua irmã gostava de ter aulas com o mago. A mulheres do reino sabiam usar as ervas para cura, mas não aprofundavam como os magos e não eram não exerceriam a profissão de medicas tradicionais. - E se o seu futuro esposo não permitir que...
- Eu não pretendo me casar com que não aceitara o meu jeito de ser! - Idaya impôs.
- Isso é o que toda a mulher diz, antes de se casar, mas no fundo sabe que é o homem quem manda. - Tassyla riu-se.
- Eu não sou toda mulher... - Idaya encarou-a. - Eu estou atrasada irmã, até mais logo.
Tassyla acenou a cabeça positivamente e despedindo-se.
