Mais um passo...

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CAPÍTULO 08

 

          Eleanor

A noite de sábado foi cheias de emoções. Primeiro: a aproximação nada agradável do novo sócio da marca com a Lizandra, Eleanor havia entendido que eram amigos, NO PASSADO – Mas....chama-la de “Minha Liz"  quem aquele idiota pensa que é? A vontade de manda-lo ir a merda era grande mas a empresária tem um bom controle dos seus instintos. E em segundo: Agiotas. Lizandra estava devendo agiotas, pagando uma dívida que não lhe pertencia e ainda sendo ameaçada por isso.

Tentou de várias formas convencê-la a quitar esta dívida, mas a mulher é firme em suas decisões. Trazê-la para seu apartamento, foi o único modo de conseguir dormir em paz. Diferentemente de Lizandra, suas irmãs eram tão fofas e muito perspicazes. Confessava que seu lar ficou mais vivo e alegre ao tê-las ali e suas risadas de alegria ao brincarem juntas a deixavam com o coração quentinho.

Eleanor é filha única, então na maioria das vezes estava sozinha na sua infância. A única que pessoa que se aproximou dela quando mudou-se para a Itália quando ainda era pequena na época, foi Amanda, mas há exatamente três anos atrás, não só perdeu umas das suas melhores amigas como também a mulher por quem foi perdidamente apaixonada. E foi da forma mais dolorosa que alguém pode imaginar.

Vê-las bem e sãs e salvas deixava a empresária mais tranquila. Mas Eleanor tinha outro assunto para resolver e se chamava “Nando", não perdeu tempo e logo acessou seus contatos, pediu um amigo hacker que conseguisse todas as informações possíveis do maldito. E como já era de se esperar, o malandro tinha esta fama de ceder dinheiro as pessoas e depois cobrar juros absurdos, trabalhava para uma rede de tráfico de drogas também, e tinha apoio de outros bandidos já que dividia o dinheiro com eles.

— CHE CAZZO! — esbravejou irritada ao jogar o celular com as informações na mesa do seu escritório.

O valor pedido por Nando não faria cócegas em Eleanor ou Patrick, a mulher tinha milhões parado em sua conta bancária e ajudaria Lizandra gostasse ou não. Não a deixaria se afastar ou por a vida dela e de suas irmãs em risco apenas por modéstia.

Eleanor estava imersa em pensamentos, quando ouviu o barulho de algo sendo fechado brutalmente — uma porta, presumiu. Percebeu pelo pequeno feixo de sua porta do escritório um vislumbre de uma pessoa passando em frente ao seu escritório, abrindo e acedendo as luzes dos outros cômodos de seu apartamento. Assim que os passos ecoaram longe, se levantou e trancou o escritório e ao sair logo de cara reconheceu aquela silhueta no final do corredor, era Lizandra. Vasculhando e bisbilhotando os andares e cômodos de seu habitar.

A seguiu sutilmente, cada porta que abria matava a sua curiosidade. Liz procurava algo para aplacar sua ansiedade e Eleanor de certa forma sabia o que era, até porque também desejava o mesmo aquela noite. Como uma formiguinha atrás de alimento, encontrou escondido no final do corredor do segundo andar, entre a lavanderia e o armazém, uma escada que levava ao sótão.

Seu coração acelerou na hora.

A mulher apertou os passos, sabia muito bem o que havia lá em cima, e Lizandra como uma boa investigadora subiu os degraus saltitante e encontrou uma a porta camuflada junto a parede esverdeada, tentou abrir a maçaneta fracassando diversas vezes. Eleanor a observava silenciosamente, se encostou na parede e cruzou os braços na altura dos seios esperando a mesma se virar e encara-la.

— Seus pais não lhe ensinaram bons modos? — Eleanor perguntou com um sorriso nos lábios — Não sabe que bisbilhotar é feio, Lizandra?

— Eu....eu...estava é — Liz deu um sobressalto e seu rosto ficou vermelho como tomate, enquanto tentava procurar uma desculpa — Eu estava procurando você — disse finalmente — Não a encontrei em seu quarto.

Save Me (Romance Lésbico) - REVISÃO Where stories live. Discover now