Capítulo XVII - A Ponte dos Espíritos

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As nossas almas precisam de descanso

Mas, me canso de pensar em como ao descanso chego

Cuidado ao falar de quem se desapega ao mundo

A corrente do passado se quebra com desapego

E esse passado não foi brilhante pra todos

Há buracos mais profundos do que ver o próprio umbigo

Desde antes de cortar o cordão umbilical

É difícil distinguir a salvação do perigo


O perene é sereno e solene, inexistente

Existe a finitude, competente e inconsistente

Consiste a plenitude do plano para esse presente

O preso prega contra o tempo, o sempre some de repente

Repito, é doloroso olhar para frente

Enfrento demônios invisíveis nesse fronte

Afronte, descarrego palavras do meu pente

E pinto com cores incolores esta ponte

Ponto, o vento vem do Norte

Estou vendo a travessia do travesso que traz sorte

Certo, já conto com teu corte

O sortudo é aquele que sabe que não é forte

A força não passa de uma farsa

É fácil disfarçar um personagem, então faça


Prometem fogo, fazem fumaça

Porque o mundo já queima, não há como ser mais brega

Eu parto para a ponte, estou cada vez mais perto

Só me importo com o que porto, e com o que a ponte carrega

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⏰ Última atualização: Oct 10, 2021 ⏰

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