As nossas almas precisam de descanso
Mas, me canso de pensar em como ao descanso chego
Cuidado ao falar de quem se desapega ao mundo
A corrente do passado se quebra com desapego
E esse passado não foi brilhante pra todos
Há buracos mais profundos do que ver o próprio umbigo
Desde antes de cortar o cordão umbilical
É difícil distinguir a salvação do perigo
O perene é sereno e solene, inexistente
Existe a finitude, competente e inconsistente
Consiste a plenitude do plano para esse presente
O preso prega contra o tempo, o sempre some de repente
Repito, é doloroso olhar para frente
Enfrento demônios invisíveis nesse fronte
Afronte, descarrego palavras do meu pente
E pinto com cores incolores esta ponte
Ponto, o vento vem do Norte
Estou vendo a travessia do travesso que traz sorte
Certo, já conto com teu corte
O sortudo é aquele que sabe que não é forte
A força não passa de uma farsa
É fácil disfarçar um personagem, então faça
Prometem fogo, fazem fumaça
Porque o mundo já queima, não há como ser mais brega
Eu parto para a ponte, estou cada vez mais perto
Só me importo com o que porto, e com o que a ponte carrega
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