Capítulo 5

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I've been drinking, I've been drinking

I get filthy when that liquor gets into me

I've been thinking, I've been thinking

Why can't I keep my fingers off you, baby?

I want you, na na

Why can't I keep my fingers off you, baby?

I want you, na na (Beyonce – Drunk in love)




Para a minha infelicidade e desespero, nós não fomos embora da festa, Julian e eu dançamos mais duas músicas. Eu estava mais que disposta a implorar para que ele fizesse tudo o que disse que faria meu corpo todo estava implorando para que a promessa fosse cumprida, mas para o meu azar ele preferiu continuar com suas provocações.

Voltamos para a mesa e então o acompanhei junto a meus pais para que ele fosse apresentado a alguns conhecidos. Julian me manteve perto o tempo todo, vez ou outra tocando minha cintura, eu podia sentir o olhar atento da minha mãe sobre nós dois, mas decidi ignorar esse fato por hora. Minha pele, meu corpo inteiro ardiam de desejo, como se eu estivesse ardendo em febre. Uma febre intensa chamada Julian Barnes.

Senti a boca seca, no exato momento em que um garçom passou com uma bandeja com taças de champanhe, apanhei uma e vi meus pais e Julian fazerem o mesmo. Tomei um gole bem generoso, um pouco da metade.

- Quanta sede – mamãe comentou, se divertindo as minhas custas, tentei disfarçar e relaxar, mas o olhar intenso daqueles olhos azuis não estava ajudando.

- Senhor, senhora Brandon – Julian pigarreou, quando meus pais decidiram ir embora – Se me permitem, gostaria de levar Maria para casa – disse.

- Se não for atrapalhar você – papai disse, olhando de mim para Julian.

- Tenho certeza de que não vai – mamãe garantiu num tom divertido, agarrando-se ao braço do meu pai e piscando para mim. Senti o rubor tomar minhas bochechas.

- Bom, sendo assim – papai franziu as sobrancelhas – Nos vemos na segunda.

Nós quatro saímos juntos, me despedi dos meus pais e acompanhei Julian até o carro dele, eu estava muito nervosa.

Sua mão ficou confortavelmente apoiada em minha coxa quando ele tomou seu lugar na frente o volante, o que causou arrepios em todo o meu corpo. O rádio foi ligado em algum momento, mas eu simplesmente não prestei atenção no que estava tocando. Estava ocupada em fazer minha respiração voltar ao normal. O perfume dele estava acabando comigo, me remexi no banco quando ele começou a acariciar minha coxa, vez ou outra apertando levemente.

- Algum problema? – perguntou a voz baixa. Olhei para ele e pude notar o sorriso travesso em seus lábios deliciosos – E então? – insistiu, ao pararmos em um sinal vermelho e olhou para mim, ao notar meu silencio. Aquele carro tinha ficado quente demais. Rezei, supliquei para que chegássemos logo ao meu apartamento. Meu corpo estava em chamas, o desejo crescendo e me consumindo a cada segundo.

- Problema nenhum – respondi, apesar de não ser verdade. Queria gritar para que ele me possuísse ali mesmo.

Ele sorriu contido, assentindo ao mesmo tempo em que dava outro aperto na minha coxa.

- Certo. Nós vamos fazer uma mudança no caminho – avisou, voltando a dirigir, mordi o lábio inferior enquanto observava o rosto de perfil daquele homem, mal podia esperar para beijá-lo de novo.

FeverWhere stories live. Discover now