CAPÍTULO 2

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Olho impaciente para o relógio em meu pulso

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Olho impaciente para o relógio em meu pulso. Fazem malditos 34 minutos desde que estou esperando, e nada do Nate, o pau, sair de dentro da sua casa. Como prometido, estou sentado em meu carro, em uma distância razoável, mas de onde tenho a visão clara de sua garagem. Odeio ter que me afastar, mas ela precisa ver por si mesma o que temos. Kimberley, me deixa louco desde a primeira vez que a vi entrando em meu escritório, com suas roupas justas, salto alto, e olhar determinado. Amo o quão afiada sua língua pode se transformar quando sua competência é colocada à prova, me encanta o fato que mesmo sendo essa profissional maravilhosa, ela também pode ser a melhor mãe para seu garotinho.

Posso ter caído rápido em meus joelhos por essa mulher, mas sabia que não era hora de pressiona-la, não quando estava em seu processo de divórcio, muito menos quando tentava se estabilizar em sua nova realidade. Eu esperei, e estive perto tanto quanto ela me permitiu. Sei suas manias, como a de enrolar o cabelo nos dedos, quando está nervosa. Ou então de morder o lábio inferior quando se sente pressionada, e sorri lindamente quando alguém fala do pequeno Benjamim. Nunca conheci mulher mais linda, e verdadeira que ela, por isso dei-lhe seu tempo, porque quando eu a reivindicar, quero tudo que puder ter dessa mulher.

A porta da casa se abre, e ninguém nem precisa me dizer que é seu ex-marido, cada fibra do meu ser grita um sonoro, otário, quando ele sai com uma mochila em suas costas, e a merda de um sorriso no rosto. O maldito pode muito bem passar por uma porra de modelo da Calvin Klein, o que me irrita mais um pouco ao lembrar que ele estava sem roupas na casa da minha mulher. Tenho observado a agenda dela, também posso ter ouvido suas conversas com Alice, e com certeza que esse cara será uma dor gigantesca na minha bunda. Mas, Kimberley, vale cada luta que eu passar para tê-la ao meu lado. Natanael não vai nem saber o que o acertou, ou quem.

Observo seu carro do ano passar por mim, e seguir viagem. Volto meu olhar para a casa, e a vontade de ir até ela me mata mais um pouco. Mas ao invés disso, dou partida, e dirijo de volta para minha casa. Preciso de um banho, e um bom café da manhã, já que não tive tempo para nada, além de dirigir feito um maluco para saber o que se passava na mente dessa mulher ao sair daquela forma do hotel.

Confesso que me diverti com seu ciúme, e posso ter alimentado um pouco as investidas da outra mulher, mas apenas para ver se despertava alguma luta nas veias dessa gatinha. E parece que estava certo, temos uma ciumenta, senhoras e senhores.

Olho para minha casa e tenho vontade de dar meia volta, quando vejo o carro ridiculamente luxuoso do meu pai do lado de fora. Não sei o que ele quer dessa vez, mas sei que boa coisa não pode ser. Pego seu movimento enquanto estaciono meu carro ao lado do seu, e sei que não veio para uma conversa rápida.

— Pai — Aceno quando desço do carro

— Filho, finalmente nos encontramos! — Seu olhar é de reprovação — Tive que praticamente levantar acampamento na frente da sua porta.

— Isso é um pouco exagerado, certo? — Pego minha mochila no banco de trás — Jantamos juntos na quarta-feira.

— Eu sei, e hoje é sábado! — Ele me diz, como se isso explicasse muita coisa — Preciso saber o que decidiu depois que conversamos.

PERFEITO DESEJOWhere stories live. Discover now