8 || A chance - Chapter 2

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Uma chance — Parte 2

  A tarefa de acordar parecia quase impossível para Tony. Caramba, a última vez que ele se sentiu assim foi depois daquela bebedeira que ele teve com Rhodey durante seus anos no MIT. Sim... as memórias em torno dessa festa em particular eram bem borradas, já que o tempo perdeu todo o significado por uma semana depois daquela noite.

Seus olhos finalmente se abriram. Ele piscou para o quarto desconhecido e ah não — ele bebeu tanto que acordou em um lugar desconhecido de novo?! Como isso pôde acontecer? Tony parou com o álcool... bem... com álcool demais. Ele ainda tomava um copo de vez em quando.

Mas não, não era isso, era? Alguma coisa estava faltando de sua memória. Alguma coisa importante. Mas o que?

Vermelho... algo vermelho, como sangue. Sangue. Uma mancha de sangue na camiseta de um garoto. Garoto. Seu garoto.

Os olhos de Tony se abriram de uma vez, o pedaço que faltava em sua memória o atingiu como um trem.

Seu garoto!

Ele olhou em volta desesperadamente em busca de Peter. Seu garoto que estava sangrando! Mas a sala vazia com quatro paredes cinzas e uma parede de vidro dividindo a sala ao meio estava vazia. Não havia ninguém além dele.

Tony se levantou, marchou em direção à parede de vidro enquanto superava uma onda de tontura (sim, experiência com ressacas) e bateu naquilo com toda a força que conseguiu reunir. Claro. Nada aconteceu. O vidro não fez mais do que chacoalhar. Porém, isso não o impediu de tentar novamente, a definição de insanidade tocando em sua cabeça cada vez que ele batia na parede.

Com mais nada para fazer, ele começou a andar. Comprimento de seis passos, largura de oito passos. Uma cama de campanha no canto direito, o banheiro e uma pia atrás de uma barreira para privacidade no canto esquerdo e um vilão bilionário irritado e preocupado. Era tudo o que havia em sua cela. Fora dela havia uma mesa com uma cadeira e outra porta pela qual alguém deveria passar em breve.

Fiel à sua constatação, ele não teve que esperar tanto antes de Nick Fury entrar na sala junto com Rogers e Wilson.

— Finalmente acordado, estou vendo. — disse Fury.

Tony revirou os olhos.
— Sim, sim, tanto faz. Cadê o garoto?

Fury lhe deu um olhar impassível.
— Isso não é da sua conta.

— Ah, isso é muito da minha conta. O que vocês fizeram com ele?! — Tony exigiu. Nesse ponto, ele estava realmente grato por haver uma parede de vidro inquebrável separando-os; caso contrário, Tony poderia ter saltado sobre eles e os transformado em polpas sangrentas, super espiões treinados, veteranos do exército, super soldados ou não.

Uau. Era assim que as mães se sentiam ao proteger seus filhos?

— O garoto está bem — disse Wilson. — Ele está estável e recebendo tratamento para seu ferimento.

— Um ferimento que vocês babacas reabriram!

Então — Fury exclamou mais alto, dirigindo toda sua atenção para ele — Homem de ferro, ãh? Finalmente nos conhecemos.

— Escuta, Jack Sparrow, você pegou o cara errado.

— Eu peguei?

— Então como você explica isso? — Fury depositou a manopla de relógio/pulso de Tony na mesa.

Tony não vacilou nem um segundo.
— Eu sou um mecânico. Um inventor. Eu construo coisas. Isso é o que eu faço, então como você pode me culpar por replicar algo que eu vi?

Vilão Irondad e herói SpidersonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora