Não era comum os recém coroados receberem flores de presente, mas aquele arranjo havia captado a atenção do mais novo rei de Daegu, mesmo não conhecendo nada sobre elas e, encantado pelo perfume suave do arranjo, Yoongi decide deixá-lo na sala do tr...
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Reino de Daegu, 27 de julho 1982
Dizer que Yoongi não se encontrava envolvido em tudo o que Park Jimin representava, seria o maior eufemismo de todos, principalmente se levar em consideração que, neste momento, encontrava-se dentro de sua biblioteca particular com ele - em sua forma humana -, enquanto buscavam nos livros algo que os ajudassem.
Estavam imersos em um mundo apenas deles, havia troca de olhares, toques, piadas cheias de flertes, mas, nada que ultrapassasse um limite, uma linha imaginária criada por ambos, onde sabiam que deveriam esperar, afinal, por mais que o sentimento existisse, aquele laço forte deveria ser usado a seu favor, deveriam unir forças para derrotar um inimigo em comum e Yoongi, certamente não deixaria ninguém fazer mal a Jimin.
- Conseguiu achar alguma coisa? - Jimin perguntou, o Rei notou na entoação do mais velho o quanto ele estava frustrado com a busca.
- Nada que realmente nos dê uma luz. - Min suspirou fechando um dos exemplares abertos, que estavam em seu colo.
- Era só um sinal, sabe? - o loiro mais velho resmunga baixinho, formando um bico extremamente adorável nos lábios. Jimin não teve como não notar a forma tão intensa que Yoongi o olhava, sentia que sua alma estava, no melhor sentido da palavra, totalmente exposta ali. - Que foi, Yoon?
- Nada. - O rei sacudiu sua cabeça e sorriu sincero, e um tanto envergonhado por não ter conseguido esconder aquele desejo.
Yoongi se martirizou um pouco, sentia-se culpado por querer algo a mais com o herdeiro imperial, enquanto deveria se preocupar com a possível guerra que estava se aproximando. Não deveria, sabia disso, mas nada fazia sentido quando estava ao lado de Park Jimin, porque bom, os dois pareciam encaixar-se perfeitamente e qualquer coisa que o loiro sugerisse, ele aceitaria sem pestanejar, até às ideias mais mirabolantes.
Seus pensamentos foram interrompidos quando o barulho, mesmo que quase inaudível, da porta da biblioteca denunciou que alguém adentrava o local. Namjoon caminhava tranquilamente, sorriu fraco e arqueando as sobrancelhas ao constatar que Yoongi estava sozinho.
Sim, Jimin como um bom fugitivo tratou de se esconder atrás de uma prateleira no fundo da biblioteca e agora, observava a conversa que possivelmente iria desenrolar dos dois.
- Eu pedi que não fosse incomodado, Namjoon.
O Rei notou, assim que seu conselheiro atravessou a porta, que a postura dele estava diferente, não sabia dizer com exatidão o que havia mudado em Namjoon, talvez fosse a forma como ele olhava para onde Jimin tinha se escondido, ou como o maxilar dele estava travado ou até mesmo o jeito que ele respirava, parecia que algo de muito grave havia acontecido.
- Namjoon? - O Rei perguntou fazendo com que o conselheiro voltasse sua atenção para si.
- Vossa Majestade, perdoe-me, mas precisamos conversar!
