🎈Crenças🎈

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A Igreja de Satanás não defende a crença no Diabo como uma entidade que literalmente existe, e LaVey não encorajou a adoração de Satanás como uma divindade. O Sumo Sacerdote Peter H. Gilmore declarou: "Pessoalmente, eu sou da opinião de que qualquer pessoa que acredita em entidades sobrenaturais é, em algum nível, insana. Quer acreditem num Diabo ou num Deus, estão abdicando da razão". Gilmore define a palavra "Satanás" como "um modelo ou modo de comportamento", observando que em hebraico a palavra significa "adversário" ou "opositor", que pode ser considerado como "questionador". Gilmore descreve o satanismo como uma atitude que começa com ateísmo, assumindo a visão de que o universo é indiferente: "Não há Deus, não há demônio. Ninguém se importa conosco!". LaVey procurou cimentar seu sistema de crenças dentro da visão de mundo secularista que derivou da ciência natural, proporcionando-lhe uma base anti-teísta para criticar o cristianismo e outras crenças sobrenaturalistas. Ele legitimou sua religião destacando o que ele afirmava ser sua natureza racional, contrastando isso com o que ele via como a irracionalidade sobrenaturalista das religiões estabelecidas.

Os filiados da Igreja também são adeptos de um sistema de magia que LaVey definiu como magia maior e magia menor (greater magic e lesser magic, respectivamente). A magia maior é uma forma de prática ritualística e tem como objetivo uma catarse psicodramática para concentrar a energia emocional de alguém num propósito específico; magia menor é a prática de manipulação por meio de psicologia aplicada e glamour (astúcia) para submeter um indivíduo ou situação à sua vontade. Embora muitas das idéias de LaVey sejam moldadas em torno de uma visão de mundo secular e científica, muitas expressam a crença de que existem várias forças mágicas e desconhecidas; ao invés de caracterizá-los como sobrenaturais, LaVey as caracterizava como supranormais, isto é, acreditava que elas eram parte do mundo natural, mas até agora não descobertos pela ciência. Ele acreditava que o uso bem-sucedido da magia envolvia o mago manipulando essas forças naturais usando a própria força de vontade,  uma característica da religião satânica que foi comparada com a Ciência Cristã e a cientologia. Segundo a Bíblia Satânica, LaVey definiu a magia como "a mudança em situações ou eventos de acordo com a vontade de alguém, que, usando métodos normalmente aceitos, não ocorreria."

O termo "satanismo teísta" foi descrito como um "oximoro" pela Igreja e seu atual Sumo Sacerdote, Peter Gilmore. A Igreja de Satanás rejeita a legitimidade de quaisquer outras organizações que afirmam ser satanistas, ateístas ou não,  apelidando-as de cristãos reversos, pseudo-satanistas ou adoradores do diabo. Uma das Suma Sacerdotisas da Igreja, Blanche Barton, descreveu o satanismo como "um alinhamento, um estilo de vida". LaVey e a Igreja adotaram a visão de que "satanistas nascem, não são feitos";  que são estranhos por natureza, vivendo como entendem, que se auto-realizam em uma religião que apela à natureza do satanista inato, levando-os a perceber que são satanistas ao encontrar um sistema de crenças que está de acordo com sua própria perspectiva e estilo de vida.  Os adeptos da filosofia têm descrito o satanismo como uma religião não espiritual da carne , ou "... a primeira religião carnal do mundo".  As "convicções centrais" da Igreja são formuladas nas Nove Declarações Satânicas, Onze Regras Satânicas da Terra, Nove Pecados Satânicos e Revisionismo Pentagonal, que são regularmente reproduzidas no material escrito da Igreja de Satanás.

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