Capítulo 10

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- Senhorita Ângela Armando, venha para frente por favor, atualize nos sobre o que tanto falavam.
- O senhor tem certeza?
- Indubitavelmente.
- Certo. - Falou indo para frente com um sorriso sínico no rosto.
Meu coração estava a mil, Meu Deus! Ângela custava você ficar calada?
- Então classe e professor. - Falou olhando para a turma e depois para o professor. - Eu e a Senhorita Francisca estávamos falando sobre o equilíbrio térmico e as reações reversíveis que é o nosso tema.
Eu explicava que nem é em todos os casos que Kp não é igual a Kc. - falou ela pegando um marcador da mesa do professor e escrevendo no quadro. Que abusada, eu só conseguia pensar em como ela sabia isso. Piscou para mim e continuou.
- Por exemplo, quando o número de nomes é igual na equação química então Kp = Kc e o professor não mencionou isso, apenas saltou para os factores que afetam a equação.
- Não, eu não saltei, eu falei disso.
- Não falou, se tivesse falado ainda estaria nó quadro. Mas como o senhor vê, nada do que escrevi se parece com o que o senhor tem no quadro com sua caligrafia, e o senhor também não apagou nada.
Humilha amiga. - Falei para mim mesma.
- Vá sentar. - Disse finalmente o professor!
- Com todo prazer professor.
E nó exato momento em que ela ia sentar o sinal tocou. E o professor saiu da sala lançando um olhar mortífero para ela.
- Desde quando você entende química. - perguntei colocando meus cadernos na mochila.
- Desde sempre, eu tenho que entender às matérias, afinal eu sou bolsista.
- Você fudeu com o pior professor da faculdade - Disse um garoto se aproximando de nós com seus amigos.
- Ele mereceu por atrapalhar nossa conversa. - Disse Ângela.
- Que coragem - disse outra garota que se juntara a nos.
- Professor ficou uma ferra com você e ainda é só o início do ano, ninguém antes desafiou um professor, muito menos ele, e muito menos sendo do primeiro ano, você virou lenda. - Disse Bruno.
- Então curvem se diante de mim. - Disse Ângela rindo toda cheia de si, e todos riram juntos.
- Aé estávamos indo pro pátio querem vir? - Perguntou Andre um cara que estudou comigo nó médio.
- Temos outra aula daqui a pouco, fica para outro dia. - Disse Ângela, e todos saímos da sala, a outra galera foi por um caminho e eu, Ângela e Bruno por outro, eu queria apresentar os dois ainda cedo já que iríamos juntos para festa.
Ângela parou Derepende e encarou Bruno, meu Deus o que ela está pensando em fazer.
- Porque que vocês terminaram? - perguntou Ângela depois de algum tempo, eu tive a ligeira impressão de que ela queria ter pensado e não falado alto.
- Longa história. - Respondi... ,- Ângela esse é Bruno, Bruno essa é Ângela.
Nenhum dos dois respondeu os dois se encaravam como se tentassem ler um, o outro. Fiz só de limpar a garganta para acabar com aquele climão
- Ângela não é? - Perguntou Bruno finalmente falando algo.
- É. - Disse Ângela
- Então Bruno, essa é a amiga que eu falei que iria comigo.
- Legal.
- Ângela você se importa de ir com nos, os dois. - perguntei já que os dois só se encaravam.
- Claro que não, desde que vocês se comportem perto de mim, e não se agarrem, não, melhor, desde que ele não te agarre.
- Aposto que você não se importaria de ver uma manifestação biológica humana.
- Na verdade, eu me importaria.
- Sério?
- Okay isso é estranho. - Falei me colocando nó meio dos dois. - Ângela e eu temos que ir, agente se fala Bruno. Dito isso sai daqui agarrando o braço de Ângela.
- O que foi aquilo? Perguntei quando já estávamos entrando em outra turma para próxima aula.
- Agente estava se conhecendo.
- Como assim, vocês simplesmente trancaram o rosto e ficaram de encarando.
- Faz parte, é como um teste que irmãos mais velhos fazem para saber se o cara merece ou não a irmã, se ele exitasse ou olhasse para baixo e ficasse incomodado com isso teria provado ser fraco, mas ele foi até ao final com isso, e não ficou intimidado.
- Tou começando a acreditar que você é travesti.
- Se quiser eu te pego depois da faculdade para você não ter mais dúvidas. - Falou rindo.
- Eww sai. - Falei a empurrando de lado. Mas onde você aprendeu isso?
- Com um amigo, Danny, ele vem me visitar esse fim de semana, você vai poder conhecer ló.
- Certo, quando ele chega?
- Hoje de noite.
- Vai com a gente para festa?
- Acho que sim!
- Então seremos em quatro? Que droga vai parecer um encontro para Bruno.
- E isso é um problema?
- Sim, ele vai entender tudo errado, você viu ele é apaixonado por mim, e eu, eu não gosto mais dele como antes.
- opss
- O que foi?
- Eu acho que posso ter deixado a intender que você Ainda gosta dele com aquele teste e às insinuações
- Ângela. - Falei a encarando com Raiva
- Desculpa! - Respondeu piscando aqueles olhos grandes com uma cara de cachorro sem dono que deu pena. - Mas não se preocupe, eu posso ficar com você o tempo todo, aí ele não terá como chegar perto.
- Acho melhor mesmo.







~Ângela~

- Eu tenho que ir pro trabalho. - Falei para Frã, Após tentar me desculpar por fazer o ex pensar que ele ainda tinha uma chance, mas a culpa não é minha, eles que pareciam fofos.
- Eu já estava esquecendo desse detalhe, pensei em irmos comprar algo pro Lulu. - Respondeu
- Podemos ir amanhã, depois que eu sair do trabalho, já que a festa será de noite mesmo.
- Certo, quer companhia até o trabalho?
- Pode ser.
Chegamos em menos de 20 minutos, porque a paragem de ônibus não estava cheia.
- Eu vou para casa trocar de roupa depois eu volto, para irmos buscar seu amigo certo?
- Tá certo.

***

Quando meu turno terminou já eram 20 horas? Fiz um banho rápido no trabalho mesmo, eu tinha outra muda de roupa então coloquei, Frã já estava me esperando nó restaurante.
- Onde è pra nós encontrarmos com ele? - Perguntou quando estávamos fora do restaurante.
Nem tive tempo de responder, quando apareceu um garoto de capuz, tentando arrancar meu celular, eu reagi com meus instintos, segurei a mão dele e coloquei contra sua coluna, o pobre rapaz tentava se soltar, quando o empurrei contra um poste, um outro cara apareceu por trás de mim. - Ângela a sua traz. Gritou Frã, ela parecia não saber o que fazer, e só gritava por socorro, mas às pessoas agiram como se não se importassem ou não vissem, e honestamente, talvez eu fissesse o mesmo, bandidagem è coisa seria para tentar dar uma de herói.
Chutei o saco do cara que vinha em minha traz, mas não o atingiu com muita força devido à distância e da posição do meu corpo, logo ele se recuperou, e veio pra cima de mim, em um movimento rápido coloquei o rapaz que eu havia nocauteado em minha frente e o soco que era para mim, acabou atingindo o rapaz, que caiu ao meu lado com seu rosto sangrando, não devia ter mais de 15 anos, o outro cara porém era mais alto, e mais velho talvez minha idade, partiu para cima de mim com um soco que eu esquivei imediatamente, e dei uma joelhada em sua barriga, enquanto ele se contorcia de dor, o garoto me agarrou pelas costas prendendo meus braços, por sorte eu sou baixinha, então minha cabeça estava na altura da sua, dei uma cabeceada para trás, ferindo seu rosto, e o rapaz afrouxou o aperto devido à dor mais não soltou, isso foi suficiente, me livrei sem muito esforço, dando logo em seguida vários socos em seu rosto, eu estava irritada, tinha perdido o controle, parte porque eu não via mais a Frã em lugar nenhum, e ne sinal do outro cara, so ouvi um grito que depois foi abafado.
O rapaz estava com o rosto todo ensaguentado, então o deixei la e tentei seguir o som do grito da Frã, vinha de um beco perto dali, segui para lá correndo, tinham uns 3 caras, e um deles estava segurando Frã, o cara que acabava de lutar comigo com certeza, e os outros não sei quem eram, não dava para ver seus rostos já estava escuro.
Fui para cima do primeiro que me apareceu, tentou me dar um soco, eu esquivei e dei outro bem forte que atingiu seu rosto e depois dei uma joelhada nele, peguei seu braço e quebrei, podia ouvir ele gritando de dor e falando um monte de palavrões, deixei ele ali mesmo, e tentei ir para cima dos outros dois, porém alguém me segurou por trás e o que estava em frente veio para cima de mim com um soco que atingiu meu olho, que merda, o outro apertava meus braços contra coluna me fazendo sentir dor, esperei o que estava a frente chegar mais perto, e chutei seu saco, dessa vez acertei à primeira, ele caiu se contorcendo de dor, bati meu pé contra o do outro cara atrás de mim, sorte que ele usava chinelos e eu sapatos, isso serviu para afrouxar seu aperto e eu me livrar dele, quando olhei para frente tinha um cara lutando contra o outro que tinha segurado Frã, eu não podia ver quem era , mais ele estava lutando contra o inimigo, então eu agradeci mentalmente. Frã estava nó chão, tremendo e tentando pegar o celular, talvez ela fosse ligar para a polícia.

O diario de duas irmãsWhere stories live. Discover now