This is me trying

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Gabi: Oi, oi gente! Tudo bem com vocês?
O capítulo de hoje é sobre um personagem que sinceramente conquistou meu coração desde o primeiro momento em que eu comecei a pensar nele, depois de assistir Long pond Studio e ver a Taylor dizendo que mirrorball e this is me trying eram meio que " conectadas " eu percebi que dava pra gente se aprofundar na história desse personagem, que já apareceu em exile e em mirrorball, em this is me trying. Na hora mandei uma mensagem para Luma, surtando. Nós decidimos que o conto seria sobre a perspectiva desse personagem tão querido por nós duas e a Luma arrasou nesse capítulo.
Enfim, preparem seus corações e nos vemos nas notas finais.

Luma:
Embora a Gabi tenha dito para se prepararem tenho certeza que não será o suficiente.

O capítulo de hoje foi, DE LONGE, o maior desafio da minha "jornada" como escritora, e nas notas finais deixarei mais claro o porquê dessa música da Taylor mexer tanto comigo.
⚠️ Atenção⚠️
É fundamental que leiam o que vou explicar agora antes de decidirem ler ou não o capítulo.
Essa história versa sobre vícios, logo, está recheada de temas complexos e polêmicos, com potenciais gatilhos para depressão, violência, uso de substâncias psicoativas e ideação suicida.

Prezamos pelo entretenimento de vocês e algumas vezes busca de reflexão sobre determinados temas, mas de maneira alguma procuramos provocar qualquer tipo de prejuízo à saúde mental dos nossos amados leitores. Vocês são as peças mais importantes de todas as nossas histórias, então se entender que é demais para você, não leia, prezem por sua saúde mental.

O capítulo é, sem exageros, muito explícito e realista. Portanto, caso decida ler, saiba que não será uma leitura fácil, embora a mensagem da história seja absolutamente fundamental e pouco discutida.

Se você vai entrar comigo nessa, role para baixo e conheça o Connor, um garoto que poderia ter um destino muito diferente se não tivesse que passar o tempo todo apenas tentando.
Boa leitura.

This is me trying

Quatro de julho de 2013

12h

Mais um feriado de 4 de julho ia começar, e com ele, mais uma festa histórica na mansão dos Watson. Mais uma noite em que os pais vestiriam e forçariam os filhos a vestirem a máscara de família feliz, quando na verdade nenhum suportava olhar para o outro. O casamento infeliz dos pais, regado a traições e segredos familiares, havia transformado os adolescentes em indivíduos sombrios e pouco sociáveis, que guardavam para si toda a amargura e infelicidade que viviam em casa.

Para Connor, a peça central dessa história, o descaso dos pais resultou em um garoto deprimido, que encontrou nas drogas e no álcool o colo que não teve da mãe e o abraço que sempre quis do pai.

– Sua bermuda e sua camisa, jovem Sr Watson. – o mordomo disse após bater e entrar no quarto, trazendo a ridícula camiseta com a foto de família que tiravam à força todos os anos, em frente a casa branca, vestidos com as cores da bandeira americana.

– Joffrey, me chame de Sr Watson de novo e vou garantir que seja demitido. Já disse, para você é só Connor. – disse brincalhão, dando tapinhas no ombro do mordomo, que sorriu discretamente.

– Está bem, Connor. – O senhor já idoso fez foça de dizer. – Boa festa. – Ele fez uma mesura e se retirou, deixando o adolescente rindo.

– Esse velho é a segunda melhor pessoa dessa casa... – se pegou pensando.

– E o senhor metido como é claro que é o melhor.

A voz de Chloe abriu um sorriso imediatamente no rosto de Connor, que se virou para a caçula, ainda agachada para sair da "passagem secreta" que construíram para os quartos um do outro.

– Engana-se, irmãzinha. A melhor pessoa dessa casa é você, eu sou apenas o terceiro. – Ele sussurrou, ajudando-a a se levantar e abraçando-a. A irmã, dois anos mais nova, e uma cabeça mais baixa que ele, encostou-se nos ombros dele e permaneceu calada, pensativa.

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