38

1K 104 38
                                    

CLARKE

Virgem. Ela era virgem. E a usara para sexo casual, e fazendo isso poderia ter arruinado a garota perfeita. A garota mais maravilhosa do mundo, sua alma gêmea.

Clarke deu um beijo carinhoso na testa dela e se afastou.

- Aonde você vai? - perguntou Lexa.

- A lugar nenhum - respondeu, e estava falando sério. Não iria a lugar algum, a não ser que ela fosse junto. Deixou as calças caírem no chão e se aproximou da cama. Lexa a encarou. Droga, poderia observá-la o dia inteiro! O cabelo castanho-avermelhado caía sobre o sutiã de renda vermelha. Lexa tinha mesmo comprado lingerie. Caía bem nela, bem até demais considerando os pontos pretos que estavam surgindo em sua visão. Ia perder a cabeça se não pudesse tê-la naquele instante.

 se ajoelhou na cama.

- Tenho uma coisa a dizer.

- É mesmo? - Lexa tremeu sob o toque dela. Clarke pegou sua mão e envolveu seu dedo com a boca sugando-o.

- Estou com ciúmes deste dedo há uma hora. Na verdade fiquei com ciúmes até do chantilly.

Ela gemeu.

- E agora?

- Agora quero fazer o mesmo com você. - E colocou as mãos no quadril dela. - Inteira. Sem me esquecer de nenhuma parte.

- Nenhuma? - Ela arqueou as sobrancelhas.

Nenhuma - repetiu Clarke. E a pressionou contra a cama beijando intensamente, absorvendo-a, e então percebeu naquele momento que o gosto dela ficaria gravado para sempre. Tudo nelas combinavam perfeitamente, que só estivera cega demais para notar antes. E agora nunca a deixaria ir embora.

Os lábios se encontraram suavemente  enquanto pressionava seu corpo contra o calor do corpo dela. Mas quando Lexa suspirou ela se afastou.

- Que foi?

- O que mudou?

As palavras não vinham. Então Clarke não só havia perdido o jeito, como também parecia incapaz de comunicar uma das coisas mais importantes que tinham acontecido em sua vida.

Lexa fechou os olhos de leve. Quando os abriu outra vez estavam marejados.

Clarke segurou o rosto dela entre as mãos e respondeu bem baixinho:

Eu.. Eu mudei.

Ela franziu a testa.

- Fui eu, não você. Você sempre foi constante. Não importava se queria me esfaquear ou me beijar, você nunca mudou. Fui eu, estou diferente.

- Simples assim? - Lexa parecia cética.

Mas que droga! Queria primeiro se perder nela e só depois ter a conversa séria. Mas sabia melhor que qualquer um que ela não eram assim. Então com o autocontrole que raramente conseguia ter, Clarke se afastou e se sentou na cama apenas de peças intimas, esperando que Lexa também se sentasse.

Quando ela se sentou Clarke a envolveu com os braços e a tirou da cama, carregando-a até o banco junto à janela onde poderiam olhar para o lago, para suas memórias antigas o seu passado.

Quando ela estava acomodada em seu colo, Clarke pegou um cobertor da cesta no chão e as cobriu. O contato com a pele dela fazia seu corpo inteiro formigar. As duas estavam na cadeira com as pernas emboladas. Clarke apoiou o queixo no topo da cabeça dela e a abraçou de lado.

The challenge. (Clexa G!P )Where stories live. Discover now