8. Doce veneno

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Zabine voltou aquela noite no bar, procurou por todos os lados seu grande pimentão, mas bebeu seus drinks sozinho, ele não tinha aparecido aquele dia, nem no outro e nem no outro. Apenas na sexta feira que ele teve sorte.

Ele estava sentado no balcão, virando mais uma dose de scoth seco quando viu uma cabeleira ruiva muito conhecida, ele viu o mesmo homem da outra vez se aproximando dele e bufou consigo mesmo, porque todas as vezes ele tinha que salva-lo?

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Rony estava mortificado, ele não conseguia acreditar que seu Harry estava embrenhado tão forte nos braços de Malfoy. Porra, o fodido Malfoy? Porque não ele? O que aquele loiro oxigenado tinha que ele não?

Não importava, ele já sabia que nunca teria Harry como ele queria, tinha perdido as esperanças quando ele desaparecia misteriosamente na escola, e quando questionado ficava corado até as orelhas e desviava de assunto.

Ele já tinha se contentado em ama-lo de longe, mas... poderia ter alguma fagulha de esperança, não? Seu peito doía. Doía mais do que podia suportar e passou a semana inteira trancado em seu quarto sem querer falar com ninguém, não tinha paciência nem para ver seus... os bebes de Harry.

Rony precisava beber naquela sexta, tinha se cansado da autodepreciação, e talvez afundar as magoas em mais bebida e talvez parar na cama de outro filho de comensal não parecia uma má ideia.

Ele se arrumou sem muita pompa, apenas uma calça jeans marrom e uma blusa preta que estava dobrada até seus cotovelos, deixando a mostra um pouco de suas cicatrizes do estrunchamento.

Rony aparatou na rua do barzinho que tinha ido e caminhou tranquilamente para o lugar, estava cheio, mas não lotado, e ele teve um pouco de dificuldade para chegar até a bancada e pedir por uma gin tônica.

A música soava alta e ele começou a balançar a cabeça conforme a batida, ele bebeu um pouco e se virou para avaliar as pessoas da balada, ninguém de fato o interessou então ele só fechou os olhos para aproveitar o momento.

-Vejo que aquela bichona negra não está te protegendo hoje - a voz de um homem mais velho soou perto de seu ouvido, o que o incomodou demais, ele se virou para encara-lo, ele era velho, deveria estar na casa dos 60, cabelos brancos e barba por fazer.

-O que você disse? - Rony se afastou dele, o velhote estava terrivelmente perto.

-Não tem mais aquele negro para se meter entre a gente, não é? Que bom que voltou - o velhote sorriu e o ruivo se afastou mais, ele tinha um cheiro horrível ali e os dentes eram todos podres e tortos, o homem se aproximou de novo.

-Eu não sei do que você está falando, e não estou a fim de saber, muito menos estou com interesse em você... Se afaste - reforçou o pedido quando o homem se aproximou mais e colou o corpo nele - se afasta.

-Ah não faça assim, naquela noite você estava tão à vontade - o homem sibilou em seu ouvido e o garoto tentou afasta-lo, mas não tinha forças suficientes.

-Esse bar já foi melhor frequentado - a voz de Blaise soa atrás dos dois, o velhote o olhou com nojo e não se mexeu, Rony, apesar de estar com vergonha de olhar o Sonserino, se sentiu aliviado ao vê-lo ali.

-Nos deixe em paz, você já teve sua vez seu negro - Zabine viu vermelho, mas procurou respirar fundo.

-Você não está vendo que ele está incomodado? - Blaise fala tocando no braço do ruivo e o puxando com força para si, o tirando dos braços do homem estranho. Rony ficou o olhando e se apertou em seu peito - vamos embora, acharemos um bar melhor do que este.

Severus SnakeWhere stories live. Discover now