Capítulo IV - O Consultório

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Segunda feira, hoje é dia de voltar no Pronto Atendimento pra buscar meu exame, Pedro não vai poder ir comigo por conta do serviço, então, vou ver o Dr Bonitão sozinha.

Entro no consultório, o médico pede pra eu sentar e me pergunta se estou melhor, digo que não tive mais nenhuma crise e que estava bem, ele me perguntou se eu descansei nos 3 dias de atestado, e eu disse que sim, mas que já tinha voltado às atividades normais. Ele me recomendou a desacelerar o ritmo se possível e buscar a fazer coisas que me dessem prazer.

Perguntou se meu namorado estava cuidando de mim...

-- Mas eu não tenho namorado, como expliquei na última consulta, eu sou sozinha aqui...
-- Mas você estava acompanhada de um amigo da última vez, e ele me disse que iria cuidar de você, e a forma como ele estava atencioso parecia que vocês tinham um relacionamento. Não que seja da minha conta e não quero dar pitaco na sua vida, mas você é muito jovem pra ficar apenas concentrada em deveres, ter amigos para beber, passear, acampar, sair pra dançar,
falar sobre coisas aleatórias, fazer confidências, beijar na boca, fazer sexo. Ter um namorado, pode ser imprescindível para renovar as suas energias, e ser aquele apoio para suas emoções.
-- Ah, doutor, eu não tenho tempo para ter um namorado, eu só tenho os domingos de folga, nenhum homem quer ter uma namorada pra transar uma única vez na semana. Inclusive foi por esse motivo que meu ex namorado me trocou por outra, pois ele queria ter mais sexo.
-- E faz quanto tempo que isso aconteceu?
-- Que terminamos? Ah, um pouco mais de 4 anos.
-- E em 4 anos você não teve mais ninguém? Você está há 4 anos sem transar?
-- Sim.

Aquela conversa inevitavelmente me fez lembrar do sonho erótico que eu tive onde o Pedro deixava de ser ele e passava a ser o médico bonitão, e posteriormente o médico se tornava um vampiro sugando meu sangue me fazendo gozar, e essa lembrança me fez ficar excitada, o Dr que ainda não sei o nome tem os traços fortes, queixo quadrado e lábios convidativos, seu olhar é hipnotizador, cabelos cortados, sem barba, sendo o oposto do Pedro que tem uma barba charmosa e o cabelo em mechas na testa. Dois homens diferentes, e lindos, ambos mexem fortemente comigo, mas, claro que o médico eu nunca mais voltarei a ver, mas o Pedro, rejeitou meu beijo, ele não quer nada comigo, eu estava enganada em relação a ele e fui tola, claro que não vou dar em cima do médico e correr o risco de fazer papel de ridícula com ele também, ele fica falando de arranjar um namorado e fazer sexo, como se isso fosse algo fácil de fazer...

-- Infelizmente doutor, eu me decepcionei com meu último namorado, não achei legal ser trocada por outra, e acho que eu nem gostava tanto dele assim, o sexo não era grandes coisas, não me fazia falta, depois me acostumei a ficar sozinha, agora tem todas as coisas que ocupam meu tempo e não é fácil como parece arranjar alguém, eu nem pensava nisso pra ser sincera, achava que estava bem em relação a compromisso até essa última semana onde coisas diferentes começaram a acontecer comigo, eu inclusive cheguei a pensar que o Pedro estava
interessado em mim pois ele sempre atencioso e carinhoso comigo, eu avancei o sinal e ele me recusou. Eu não sou o tipo de mulher que os homens normalmente olham, então, não sei como fazer isso, não sei como paquerar alguém, não sei como arranjar um namorado, não sei nem como transar segundo o meu ex.

O médico me olhou novamente com aquele olhar enigmático e eu sem conseguir decifrar o que ele estava pensando, então ele se aproximou para me examinar e colocou toda a mão quente dele no meu rosto para com o polegar puxar a parte inferior do meu olho direito, fez esse procedimento com as duas mãos, colocando-as em meu rosto, com os dedos tocando minhas orelhas e meus cabelos, e esse toque dele me trouxe conforto, era tão bom e tão intenso, que fechei os olhos entregue a sensação. Ele me pediu com uma voz suave para que abrisse os olhos para examinar agora meu olho esquerdo, e com o polegar ele repetiu o gesto que tinha feito anteriormente no primeiro olho, e continuou por alguns segundos segurando firme minha cabeça com as duas mãos e me penetrando os olhos, aquilo tudo estava me provocando um tesão absurdo, e eu olhava para seus lábios o querendo... Ele me soltou.

Conto, O ConsultórioWhere stories live. Discover now