Loving you forever can't be wrong

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Os beijos de Suna são suaves.

É curioso, considerando sua personalidade terrivelmente presunçosa; mascarada por uma leve camada de quietude e inexpressividade. Não é incomum que qualquer pessoa que coloque os olhos em Suna pense dessa maneira. É algo que ele próprio espera. É algo que ele quer que as pessoas pensem.

"É mais fácil de se esconder assim. As pessoas não costumam se aproximar daqueles que não possuem aberturas." Osamu se lembra do riso leve e ardiloso de Suna quando ele lhe disse isso. Sua voz estava calma e seus olhos colados no céu escuro. Osamu se lembra de rir também, já consciente da verdadeira personalidade daquele que estava ao seu lado.

Se você tiver sorte, ou azar, dependendo de como você vê as coisas. Você pode quebrar levemente a primeira camada e descobrir de que realmente Suna Rintarou é feito.

E por Osamu ter conseguido executar essa tarefa com sucesso, é que ele se surpreende em quão suave Suna pode ser, mesmo com toda a malícia e presunção que compõem quem ele é.

Quando Suna o beijou pela primeira vez, Osamu acreditava que toda aquela energia caótica seria transmitida através de seus lábios.

Não foi o que aconteceu. Seus lábios se moviam calmamente em torno um do outro, transmitindo suavidade, serenidade e equilíbrio. Foi assim que Osamu descobriu que ainda havia muitas coisas para se descobrir sobre Suna Rintarou.

Mesmo depois de tantos beijos, Osamu ainda se surpreendia. Não somente com a suavidade de Suna, mas com si próprio; em como seus suspiros surgiam tão facilmente, toda vez, somente por sentir a ternura dos toques do outro.

E é com um suspiro que sua linha de pensamento se quebra. Osamu retorna a realidade, abrindo seus olhos e encontrando um mar de jades escuras e brilhantes; o olhar afiado e atento, não perdendo nenhum movimento; se concentrando exclusivamente em como sua língua passa por seus lábios após a finalização do beijo.

Osamu pode ver como as pupilas finas de Suna ficam um pouco mais dilatadas com a ação. Um sorriso se forma em seu rosto por causar essa reação ao outro garoto.

"Por que parou?"

"Por incrível que pareça, eu também preciso de ar para sobreviver." Suna o responde, tirando uma mecha escura que cai sobre a testa de Osamu. Seus dedos estão frios, mas Osamu não se importa; já se foi o tempo em que seus olhos se fechavam por sentir o choque térmico de sua pele quente com a fria de Suna.

Osamu leva ambas as mãos ao rosto de Suna, também é frio, mas seus dedos ainda se curvam na pele do outro, puxando-o para mais perto.

"Me beije novamente."

E Suna o faz. Seus lábios se unem e voltam a se mover um em torno do outro; Osamu pode sentir a língua de Suna pedindo permissão novamente para entrar. Não há motivo para que Osamu negue esse pedido.

É um pedido bem-vindo.

Suna está em cima dele. Suas coxas pressionam ambos os lados do quadril de Osamu; sentir esse contato faz com que suas mãos deixem o rosto de Suna e deslizam até seu quadril, apertando levemente o local. Uma reação inconsciente devido ao quão bem ele está se sentindo no momento.

Os lábios de Suna o deixam novamente, mais rápido do que o anterior, e antes que Osamu possa reclamar, seus lábios trilham um caminho por sua bochecha, sua mandíbula, até a curva de seu pescoço.

Osamu fecha os olhos quando sente uma mordida leve em seu pescoço. É uma mordida superficial. Não é profunda. É uma mordida suave, como os diversos beijos que Suna planta em seguida.

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