C O B R A
- E como foi lá?
- Foi mídia chefe- colocaram as bolsas do lado da mesa dele.
- Conseguiram quanto?
- sessenta mil.
- seis mil pra cada?
- Ainda- disse finalizando o assunto.
TD saiu da sala e o Ret me olhou com um olhar desconfiado.
- Esse filha da puta ta ajudando os cana.- afirmou
- Como tu sabe?
- Eu tenho olhos em todos os lugares- acende um cigarro.
- E tu quer fazer oque?
- Deixa que disso cuido eu- se levantou mas logo a porta foi aberta pela Paula.
Revíramos os olhos juntos.
- Eu to sem casa Ret! Que porra é essa?! -falou exaltada com o mesmo.
- Aquieta Paula, tu ta com o aluguel atrasado quatro meses. Foi ordem minha.- atravessou seu fuzil nas costas.
- Minha tia ta doente! To gastando uma nota com os remédios por isso não to pagando.- tenta se justificar.
- Aguentei demais- ajeitou a glock no coldre e jogou a camisa por cima do ombro.
- Eu to com dois empregos, prometo que te pago- imploro pro mesmo que não mexeu nem a cara.
Posso ser bandidao bah mas tenho um coração muito mole! Aquela situação estava mexendo comigo por conta da tia dela doente.
- Tu tem três semanas pra pagar, se não, vai voar bala na tua cabeça- digo e ela assentiu alegre.
- Saudade de você- se aproximou do Ret que já deu um passo pra trás.
- Vai ganhar o teu Paula- cruzou os braços.
- Vai dizer que não quer uma rapidinha- sorriu safada passando a mão na barriga do mesmo.
- Se liga porra, vai! Mandei ganhar o teu! - disse e ela foi embora toda sem graça.
Ret pegou o celular mexendo um pouco e colocando em seu suporte na cintura.
- Oprimiu a mina cara- ri
- Mina tilt, vou almoçar com a ju. Quer vir?- assenti me levantando.
- Ta ficando sério o bagulho?
- Sei lá, nós gosta de fica e fica quando quer. Inclusive ela vai em um bagulho hoje com o Gui.
- Para de ko Ret, ta gostando da mina sim. Não desgruda dela, nem ela de tu. Parece unha e carne malandro!
- Kozada isso, ficamo um mês sem se ver quase.
- Sabe o tempo por que? ta se importando?- ri pro mesmo que mandou dedo abrindo a porta.
Julia virou vendo o mesmo na porta abrindo um sorriso que foi retribuído. Ela foi correndo até que ele que abriu os braços abraçando a mesma. Sua mão foi até o bunda da mesma apertando.
- Cade minha amiga?- me abraçou.
- Ta na faculdade fazendo trabalho.
- Ninguém mandou ficar faltando né, fazer oq- foi pra cozinha.
- Que que tu tava fazendo na rua Julia?- disse seco seguindo a mesma.
- Quer que eu cozinhe vento?- falou seca também
Essa grosseria deles é uma coisa que não entendo, sérin!
- Queria que você me avisasse.
- Eu to respirando.
- O que tem haver?
- Ué, tenho que te dar satisfação de tudo que faço né?- deu de ombros sentando na mesa comendo.
- Pra deixar se ser trouxa- ri
Manda o papo reto, o almoço da Ju é mídia pra caralho mermo. Me amarro em comer aqui!
Quando terminamos de comer lavamos os pratos porque não estamos afim de morrer.
- Chefe, TD ta chamando pra resolver um bagulho na boca.
- Suave- beijou a cabeça dela- Vou lá rapidão e já volto pra ficar contigo, jae?
- Jae- abrimos a porta e quando fomos sair- Eu acho que gosto de você.
- Como?- disse confuso
- A gente conversa quando você chegar. Vão com Deus- fechou a porta na nossa cara deixando o Ret com cara de taxo.
- Tu ouviu?- subiu na moto.
- Ouvi.- afirmei também em choque.
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Meu mundo - concluída
FanfictionJulia, uma menina que mora na barra acostumada a sempre ter as coisas do bom e do melhor se apaixonada por Ret, dono do morro da rocinha que sempre batalhou pra ter tudo o que tem na vida.