Meu mundo- cap 22

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C O B R A

- E como foi lá?

- Foi mídia chefe- colocaram as bolsas do lado da mesa dele.

- Conseguiram quanto?

- sessenta mil.

- seis mil pra cada?

- Ainda- disse finalizando o assunto.

TD saiu da sala e o Ret me olhou com um olhar desconfiado.

- Esse filha da puta ta ajudando os cana.- afirmou

- Como tu sabe?

- Eu tenho olhos em todos os lugares- acende um cigarro.

- E tu quer fazer oque?

- Deixa que disso cuido eu- se levantou mas logo a porta foi aberta pela Paula.

Revíramos os olhos juntos.

- Eu to sem casa Ret! Que porra é essa?! -falou exaltada com o mesmo.

- Aquieta Paula, tu ta com o aluguel atrasado quatro meses. Foi ordem minha.- atravessou seu fuzil nas costas.

- Minha tia ta doente! To gastando uma nota com os remédios por isso não to pagando.- tenta se justificar.

- Aguentei demais- ajeitou a glock no coldre e jogou a camisa por cima do ombro.

- Eu to com dois empregos, prometo que te pago- imploro pro mesmo que não mexeu nem a cara.

Posso ser bandidao bah mas tenho um coração muito mole! Aquela situação estava mexendo comigo por conta da tia dela doente.

- Tu tem três semanas pra pagar, se não, vai voar bala na tua cabeça- digo e ela assentiu alegre.

- Saudade de você- se aproximou do Ret que já deu um passo pra trás.

- Vai ganhar o teu Paula- cruzou os braços.

- Vai dizer que não quer uma rapidinha- sorriu safada passando a mão na barriga do mesmo.

- Se liga porra, vai! Mandei ganhar o teu! - disse e ela foi embora toda sem graça.

Ret pegou o celular mexendo um pouco e colocando em seu suporte na cintura.

- Oprimiu a mina cara- ri

- Mina tilt, vou almoçar com a ju. Quer vir?- assenti me levantando.

- Ta ficando sério o bagulho?

- Sei lá, nós gosta de fica e fica quando quer. Inclusive ela vai em um bagulho hoje com o Gui.

- Para de ko Ret, ta gostando da mina sim. Não desgruda dela, nem ela de tu. Parece unha e carne malandro!

- Kozada isso, ficamo um mês sem se ver quase.

- Sabe o tempo por que? ta se importando?- ri pro mesmo que mandou dedo abrindo a porta.

Julia virou vendo o mesmo na porta abrindo um sorriso que foi retribuído. Ela foi correndo até que ele que abriu os braços abraçando a mesma. Sua mão foi até o bunda da mesma apertando.

- Cade minha amiga?- me abraçou.

- Ta na faculdade fazendo trabalho.

- Ninguém mandou ficar faltando né, fazer oq- foi pra cozinha.

- Que que tu tava fazendo na rua Julia?- disse seco seguindo a mesma.

- Quer que eu cozinhe vento?- falou seca também

Essa grosseria deles é uma coisa que não entendo, sérin!

- Queria que você me avisasse.

- Eu to respirando.

- O que tem haver?

- Ué, tenho que te dar satisfação de tudo que faço né?- deu de ombros sentando na mesa comendo.

- Pra deixar se ser trouxa- ri

Manda o papo reto, o almoço da Ju é mídia pra caralho mermo. Me amarro em comer aqui!

Quando terminamos de comer lavamos os pratos porque não estamos afim de morrer.

- Chefe, TD ta chamando pra resolver um bagulho na boca.

- Suave- beijou a cabeça dela- Vou lá rapidão e já volto pra ficar contigo, jae?

- Jae- abrimos a porta e quando fomos sair- Eu acho que gosto de você.

- Como?- disse confuso

- A gente conversa quando você chegar. Vão com Deus- fechou a porta na nossa cara deixando o Ret com cara de taxo.

- Tu ouviu?- subiu na moto.

- Ouvi.- afirmei também em choque.

Meu mundo - concluídaWhere stories live. Discover now