III

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   Voltei para o meu apartamento, e já tinham se passado algumas horas, estava quase na hora de sair para me encontra com Nanami. Enquanto eu tomava um banho de banheira eu escolhia pelo celular o local onde iriamos jantar. 

   [Gojo senpai]
   — Churrascaria para vocês, se vocês não tiverem já decidido um lugar. Tem muita bebida boa. 

   — Senpai você salvou minha vida >-< <3. Você consegue prever o futuro?

   [Gojo senpai]
   —Não sou uma bruxa que nem você, mas boa sorte.

   Mandei a localização para Nanami, sai da banheira, e me preparei, passei creme, perfume, maquiagem, e estava apenas de roupão de banho enquanto eu escolhia alguma coisa para vestir. Coloquei um vestido preto, de alcinhas finas, porem comprido com uma pequena fenda em minha coxa, não deixando quase nada a amostra enquanto eu estava parada. E para combinar salto fino preto, minha bolsa pequena de lado, chamei o carro e fui a encontro de Nanami, na porta do restaurante.

   — Oiê, boa noite. —Eu disse sorrindo sentando na cadeira a sua frente o olhando.

   — Oi.

   — Finalmente eu posso te agradecer por ter me salvado. — Eu disse rindo olhando para ele. E ele apenas da uma risadinha breve anasalada me olhando. — Para falar a verdade eu não sabia se você iria gostar da ideia, afinal você enrolou para aceitar sair para beber comigo.

   — Você parece muito mais nova. Por isso eu achei que você não poderia beber. Jurava que você deveria ter uns dezessete ou dezoito no máximo.

   — É eu sei como é. Todos me falam isso. Bom vamos para o segundo andar, tem uma vista muito linda perto da janela. 

   Uma vista muito linda perto da janela? Tinha, eu vi na internet, mas nunca tinha ido a aquele lugar.

   — Ok, eu nunca vim aqui. — Ele disse, e eu fui para o segundo andar, enquanto ele apenas veio ao meu lado.

   O lugar era realmente enorme, lindo e chique. Conseguimos sentar em uma mesa que era ao lado de uma janela enorme de vidro, onde realmente era uma vista incrível. Começamos a tentar puxar papo enquanto esperávamos algum garçom vir nos atender.

   — Então o que você gosta de beber? — Eu perguntei olhando o cardápio de drinks que tinha na mesa.

   — Qualquer coisa. — Ele disse fixando o olhar no meu.

   — Qualquer coisa mesmo? 

   — Sendo uma bebida forte, eu não tenho preferencia.

   Pedimos algumas bebidas que nunca tínhamos experimentado, e as nossas preferidas, enquanto comíamos, e  conversávamos sobre assuntos que passavam na nossa cabeça naquele momento. Por mais que eu conseguisse ver que Nanami não estava nenhum pouco bêbado, ele parecia estar um pouco mais aberto, talvez a bebida tenha o ajudado quebrar um pouco do gelo entre nos dois. 

   — Um brinde. — Eu disse olhando para ele sorrindo, e nos dois apenas brindamos bebendo logo em seguida.

   — Brinde ao o que?

   — Na verdade, eu não pensei nisso, apenas que precisávamos brindar.

   Ele olha para ela com um sorriso breve, e ela continua bebendo enquanto eles viram a carne na grelha. Ela cruza as pernas, comendo carne. Ela mantem o olhar fixo no dele, esperando com que ele faça, fale alguma coisa.

   — Então... Você não é daqui? 

   — Eu sou por que? 

   — Você disse que não achou que eles te mandariam nesse tipo de trabalho no seu primeiro dia. 

   — Não, eu apenas me mudei e voltei para cá três anos depois. 

   — Até que faz mais sentido agora. Eu estava pensando se Gojo já tinha lecionado fora do país.

   — Não, eu fui contratada fora do país. Bom, eu posso perguntar o porque você virou um feiticeiro jujutsu?

   — Porque era melhor do que ser um assalariado. E você?

   — Porque era melhor saber exorcizar essas maldições do que apenas ver elas sem poder fazer nada. Sabe ser assustada.

   — Realmente. — Ele disse bebendo olhando para a garota. —Você é a primeira feiticeira da sua família?

   — Sim. — Eu disse rindo. —Eu fazia terapia porque para a minha família eu sou apenas uma louca. Mas foi bom saber que se eu sou louca, eu não sou louca sozinha. E você?

   — Sim, o mesmo, o primeiro da família.

   Ela não sabia o que falar com Nanami por mais que ele parecesse ser uma pessoa amigável fora do expediente de trabalho.

   [Nome] tinha percebido que ele parecia uma pessoa sociável, afinal ele aceitou sair com ela, e respondia tudo o que ela perguntava. Só parecia que ele não tinha noção do que falar para ela.

   — Então você bebe bastante. — Eu disse rindo olhando para ele. —Acostumando a descansar bebendo?

   — Por aí. O trabalho é cansativo, mas a bebida não é  só para isso. Eu realmente aprecio a bebida.

   — Acho que o álcool vai trazer a paz, bom é aceitável. Só cuidado, descontando assim você vira uma pessoa alcóolatra. Eu vou perguntar da sua vida pessoal agora.

   — Dependendo do nível eu respondo.

   — Ok, vai ser uma pergunta aleatória que eu vi em um site. Então me conta sobre, então você prefere saber o dia da sua morte, ou como você morreria.

   — Porque uma pergunta tão aleatória?

   — Eu vi em um site de perguntas. Sabe eu realmente não sei como fazer para me aproximar de você.

   — Então tá. Sem duvidas o dia. E você?

   — Eu também. Eu não ia querer viver sobre pressão tentando evitar alguma coisa.

   Ele bebe mais um copo e eu vou acompanhando ele com a bebida enquanto conversávamos e comíamos. Gojo estava certo, acompanhar ele na bebida era difícil porem eu já estava acostumada a beber também e eu conhecia bem o meu limite.

   — Mais um pouco? — Ele perguntou enquanto servia o seu copo de saque. Nanami aproxima a garrafa do meu corpo, e eu apenas nego com a cabeça olhando para ele. — Mais nada?

   — Não. — Eu ri e ele apenas bebeu me olhando. —Eu estou querendo voltar para casa consciente. Eu acho que se eu beber mais esse copinho eu apago.

   — Ok, então é melhor parar mesmo. Então podemos ir já que você não quer beber mais. 

   — Bom mesmo eu estando muito tentada a continuar bebendo, eu não quero voltar para casa bêbada.

   — Ok. — Ele disse colocando a mão no bolso do seu paletó.

   — Não... Eu vou pagar, guarda a sua carteira. 

   — Gastamos muito aqui.

   — Eu sou uma feiticeira jujutsu também, não se preocupa. Como eu disse esse é o meu agradecimento. — Eu chamo o garçom peço a conta e pago.

   Saímos do restaurante e novamente estávamos em silencio já há alguns minutos. Eu parei na porta do restaurante abrindo o aplicativo do uber, pronta para pedir um carro.

   — Sem carro?

   — É eu ainda não consegui dar uma olhada em um carro novo.

   — Você vai querer uma carona?

   — Olha... Isso depende. 

   — Depende?

    Depende por onde você vai, eu não quero dar muito trabalho. Eu já estou querendo uma carona. — Eu dei uma risadinha breve olhando para ele.

   — É, eu moro pelo centro. 

   — Ok, eu moro em um apartamento lá, então se você não se importar em me dar uma carona.

   — Eu não me importo.

   — É então eu vou aceitar sim. Obrigada.

   — Por nada.

   Nanami me deixou em minha casa, e subiu comigo até a porta da minha cobertura, eu parei na porta enquanto eu tentava encaixar a chave na fechadura, e logo em seguida olhei para o loiro que estava a alguns passos atrás de mim. 

   — Eu consegui. — Eu disse empolgada virando para ele. Ele deu uma risadinha breve olhando para mim. — Obrigada novamente Nanami-san. — Eu sussurrei encostando na porta. — Eu te vejo amanhã não é?

   — Sim.

You can't fall in love | Nanami Kento |Where stories live. Discover now