Linhagem

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Talvez eu não devesse estar aqui, mas eu não consigo me concentrar em outras coisas com isso aqui pipocando a minha cabeça.
Então, lembrando aqui que, no momento em que Zero entrou na história, o canon do Universo de TVD foi inteiramente alterado. Desta forma, muitas coisas que aconteceram na série não acontecerão da mesma maneira aqui, afinal, essa é a maravilha das fanfics.
Enfim, boa leitura pra vocês. Podem deixar suas críticas. Se curtirem, deixa sua estrilinha.

O requisito para ser uma enfermeira na Constantine era ser psicopata. Kimberly nunca soube como conseguiu permanecer tanto tempo infiltrada naquela teia que era a indústria macabra, no entanto ela simplesmente soube quando chegou a hora de meter o pé. Ela teve um dia de folga e sumiu, deixando para trás qualquer sinal de sua identidade como Kassandra Smith para ser apenas a boa e velha Kimberly Silver, uma mercenária a moda antiga.

A notícia de que a cobaia Zero simplesmente sumiu pela América abalou as estruturas da Constantine e ela sabia que não podia ficar parada esperando que aqueles autônomos sem alma fizessem o trabalho sujo de buscá-la. Por mais que a cobaia Zero fosse um feito de sucesso, causaria muito dano e geraria uma exposição indesejada se a deixassem solta por aí. Se ela dificultasse sua volta, poderiam simplesmente ordenar uma queima de arquivos e isso ela não podia permitir. E, se Kimberly estivesse certa, Zero era exatamente o que ela estava procurando. Se tudo desse certo, ela ajudaria muita gente interessada, e não teria que se preocupar com dinheiro nos próximos anos. Todo mundo sairia ganhando.

Foi assim que ela acabou no Odds Bar, em Hamilton com o tal Pietro, que era muito gato de um jeito injusto que só um imortal poderia ser. Ele fez questão de pagar a bebida, e Kimberly deixou porque não custava nada deixar o cara ter o controle na única vez em que eles se veriam na vida. Às vezes, ela gostava de fingir que era uma moça normal, saindo com um novo amigo aleatório para um encontro previsível. Ela até flertava com o cara.

— Você faz parecer tão fácil, se infiltrar no meio daquelas serpentes e sair… — ele comentou, em um suspiro.

Kimberly riu, de um jeito doce como bala.

— A Constantine está tão envolta em sua arrogância que acabam se tornando negligentes. Foi esse erro que levou à rebelião 25 anos atrás, e esse mesmo erro resultou na fuga mais recente. Os caras maus nunca aprendem, não é?

— E quem te mandou, afinal?

— Alguém na América do Sul. Alguém que paga bem demais pra eu recusar por sinal — comentou, pensando um pouco sobre a mulher com quem não falava a mais de um mês. — E desesperada demais se quer saber. Deixou bem claro que cobre qualquer oferta. Sinceramente, se eu soubesse que a Cobaia Zero sairia andando tranquilamente pelo Arizona, eu teria simplesmente esperado e interceptado.

— Mas, no final, ela escapou por entre os seus dedos. — o vampiro comentou, com ironia.

— Meus e da Constantine. E você sabe por onde ela passou. Você sabe de tudo.

— Eu sou informado — deu de ombros —, ajuda a sobreviver — ele riu. Kimberly, no entanto, não tava vendo nenhuma diversão nisso, e seu sorriso era pálido. — Teve esse cara confuso em Goodyear, e uma explosão em Dallas. Depois disso, nenhum rastro de perseguição. Sua garota deve ter despistado.

— Duvido muito, ela nem sabe o potencial de seu poder além das presas. E tinha um chip nela.

— Pergunta pra ela então, quando chegar na Virgínia.

 A dose de whisky de Kimberly para no meio de seus lábios.

— Virgínia? Como sabe que…?

— Informado, lembra? Teve esse cara, o híbrido. Você sabe, né?

Zero - Klaus MikaelsonTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang