20- fora de controle

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·Pov Narrador/a

sabe um momento onde sua vida parece um grande campo de guerra? é exatamente assim que Nova York se encontra.

duas mulheres, duas histórias, dois pontos de vista, dois corações, duas almas.

em um dia você está vivendo normalmente, e no outro pode se encontrar perdidamente apaixonada. por mais que elas sufocam esse tal sentimento, ele ainda está ali. não dá para negar.

o grande dia chegou, as duas lançaram seus produtos. todos queriam, era uma nova febre. propagandas chamativas de ambos dos lados faziam as pessoas ansiarem pelos produtos. pode parecer bobagem, mas vocês não sabem o poder de uma boa propaganda, um bom produto, e um ótimo preço.

-como estão as vendas?- pergunta a loira.

-crescendo a cada minuto!- responde Arizona.

do outro lado.

-como andam as coisas?- pergunta a ruiva enquanto chegava na empresa.

-estão ótimas, os produtos estão vendendo como água.- Callie fala.

o dia passou, e por mais que tivesse sido ótimo, talvez não tivesse sido perfeito.

-Ari!- grita Meredith- fale com a equipe, quero promoções novas, fale para eles serem criativos.- Arizona faz o que Meredith diz.

mentes quase que conectadas, você acredita nisso? acredita em Almas gêmeas?

-precisamos disparar em vendas.- diz Owen para Addison.

-abaixe o preço! não vamos perder.- a ruiva diz imponente. o homem concorda.

duas pessoas tão diferentes, podem se completar?

os dias se passaram, a competição aumentou, já estava passando dos limites. elas se sentiam cansadas daquilo, mas não paravam, não podiam, não conseguiam. será?

os repórteres estavam indo todos para as portas da empresa. estavam se empurrando para ver quem ficaria mas perto.

-Como estão as vendas?- uma moça pergunta com o microfone estendido no meio da "multidão"

-melhores do que nunca!- ela diz com superioridade.

-acredita que está vendendo mais do que a concorrência?- um homem fala.

-acredito sim!- diz por fim, e entra na empresa.

qual o limite para ser melhor do que os outros? existe um? trabalhar incansavelmente, para depois jogar tudo no ralo por causa de uma disputa idiota. estar no topo a qualquer custo é realmente a melhor opção?

Meredith percebe uma movimentação estranha na entrada, e quando menos espera Derek aparece. estava de terno, seu cabelo perfeitamente arrumado, relógio de luxo, e usando perfume- provavelmente o mais caro- ele se aproxima da Grey que também vai de encontro com ele para entender o que ele está fazendo ali. mas antes que ela pudesse ter qualquer chance de perguntar, Derek a beija. câmeras e mais câmeras ficavam nos dois, aquela seria a matéria da semana. o casal perfeito se beija, em um beijo de cinema. seria ótimo se, o beijo não fosse amargo. quem olhava de fora via a perfeição, mas Meredith sabia o porquê do beijo ser tão ruim. não tinha amor. não tinha paixão. era apenas mais um beijo como qualquer outro.

Meredith já afastada dele o olha confuso, ele sorria e posava para as câmeras. por um momento ela se sentiu culpada. até que imagem de Addison e Carina volta em sua mente, e a raiva a consome. ela se posiciona ao lado de Derek enquanto jornalistas tiravam inúmeras fotos.

eles estava ali para quem quisesse ver. e Addison viu. a entrevista, o beijo, os dois juntos. quando se está apaixonada, o sentimento mais comum de ter nesses momento seria decepção. mas a raiva tomava conta das duas mulheres. Addison não teve tempo de reagir com o coração, a mente falou mais alto.

-eu quero falir essa mulher.- disse entre dentes.

ela deixou todos os produtos com preços abaixo do custo, e divulgou para todos. quem já queria comprar antes, comprou duas vezes mais. óbvio que isso não passou despercebido pela loira que fez a mesma estratégia.

-Meredith isso pode dar errado- Arizona avisou.

-ela sabe o que faz, não dê palpite- disse Derek de forma grosseira.

os dias continuavam a se passar e quando Addison chegou na empresa todos estavam colocando suas coisas em caixas, ela estava confusa. o que diabos está acontecendo aqui? pensou a ruiva.

um de seus funcionários entregou um papel para ela, era uma análise dos lucros nessa última semana. por mais que a empresa tenha vendido muito, o preço estava muito abaixo so que deveria, tirando todo e qualquer lucro que poderiam ter.

Addison sentiu seus olhos encherem de água. era seu Império, seu orgulho, sua conquista, indo por água a baixo.

a ruiva não aguentava ver tudo aquilo, ela se retirou o mais rápido possível. pegou seu carro e dirigiu até o bar mais próximo. sua mente não estava pensando direito. ela só queria chorar. Addison não pensou duas vezes antes de ligar para Carina, ela não queria ficar sozinha, e a italiana se mostrou uma ótima amiga nos últimos dias. ela também mandou mensagens para Callie e Mark, ela precisava dos seus amigos mais do que nunca no momento.

não demorou muito para Carina chegar. quando ela se sentou ao lado da ruiva, a mesma começou a chorar e desabafar desesperadamente.

o mundo de Meredith estava igual. diferente dos últimos dias, a empresa dela estava parada. ela chegou junto ao Derek que a olhou como quem queria entender o que estava acontecendo. mas a loira estava tão perdida quanto ele.

-Meredith preciso falar com você.- Teddy a chama.

elas seguem juntas até a sala de reuniões, a cara de Teddy não estava nada boa, e Meredith percebeu isso. a preocupação tomou conta de todo o seu corpo. elas estavam em um silêncio torturante, até que Teddy começa a falar.

-Meredith... quando você abaixou todos os preços sabia do risco que corria, certo?- Teddy pergunta.

-claro. inclusive Arizona avisou.- ela disse- o que está acontecendo?- perguntou preocupada.

-nosso lucro foi minúsculo Mer, mal dá para continuar com a empresa.

aquelas palavras fizeram o mundo de Meredith desabar. ela sabia que tinha passado dos limites. ela poderia culpar a Addison, mas ela sabia que todas as escolhas que envolvem a empresa são somente dela. agora ela tem que arcar com as consequências das suas decisões, que foram feitas na base da raiva.

-Meredith, é muita coisa para você entender agora, se quiser ir embora eu vou entender completamente.- a loire concordou.

ela dirigiu sem rumo pelas grades ruas de Nova York. sua cabeça estava com um milhão de pensamentos, um milhão de perguntas, e nenhuma resposta.

ela ligou para a Cristina, ela estava entre lágrimas, soluçava mais do que falava. Cristina ficou com medo da Meredith dirigindo naquela situação e pediu para que ela a esperasse em um bar, que pelo lugar que Meredith estava, não ficava tão longe. a loira seguiu o que sua amiga falou, e foi até o bar.

Te odeio, mas te veneroOnde histórias criam vida. Descubra agora