•Capítulo 8•

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Penumbra

Eu venho de um lugar escuro,
Não de uma noite iluminada pela lua cheia e um céu estrelado,
Mas de uma noite de lua nova.
Sem luar.
Sem estrelas.
De onde venho, tem também uma penumbra, um véu...
Não estou certa de sua função:
Ela quer me proteger, me alertar... ou me cegar, me ludibriar?

Sinto-me em um tabuleiro de xadrez.
Em um jogo perigoso,
Se não agir corretamente, tudo ruirá.
Mas como agir corretamente,
Se nem ao menos sei o meu papel?
Bispo ou Cavaleiro?
Uma Torre, ou um mero peão?
Formada por crenças e ambições intangíveis...
Que refletem minhas esperanças conjulgando imagens que espero construir com meus tijolos e mãos.

Quando chegamos em cheque-mate,
Eu e a penumbra concluímos:
Seria ela o que não sei sobre mim...
Ou sou eu, a sua única certeza?

Entrelinhas de uma vidaWhere stories live. Discover now