Capítulo 22: Não é um adeus

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Como vai, querida leitora?

Faça uma ótima leitura desse capítulo repleto de amor em meio a despedida...

***




Beirava o início da manhã, bem naquele espaço de tempo onde tudo fica parado e confuso... não é dia, mas também não é noite. Tomei consciência do meu corpo, da minha posição confortável de barriga para cima, do edredom como um envelope morno abraçado a todo o meu perímetro, e o travesseiro moldado a minha cabeça pesadamente pousada.

Eu não dormia, mas não estava inteiramente acordada. Permaneci desfrutando do curioso fenômeno de relaxamento extremo, então me dei conta da fonte de tal sensação. Jamie me tocava de leve, dois dedos compridos brincando lentamente, desenhando a linha vertical da união das minhas coxas, indo e vindo, partindo do joelho e subindo... bifurcando-se no V das dobras da minha virilha. Todos os cinco dedos interagiram acariciando meus pelinhos rebeldes, até por fim pousar a palma da mão quente, encaixando-a com precisão na curva delicada do meu osso púbico.

Jamie ronronou baixo, aquele barulho nasal grave que ele soltava às vezes, sem explicação imediata e cheia de significado nas entrelinhas. Beijou o meu maxilar, e só assim notei sua respiração úmida no meu pescoço, arfando baixo o seu contentamento. Não me movi, quis saber onde ele iria chegar com a sua carícia clandestina.

Brincou nos meus pelinhos novamente, sentindo-os entre seus dedos, em todas as direções. Eu gostava de fazer isso nele, afagar os pelos acobreados brilhantes entre suas pernas, e mais abaixo escondidos nas coxas, onde nasciam loiros e finos, como uma penugem nova. Detalhes tão íntimos de nós, que nas mãos do outro havia beleza e conforto.

Sua mão escorregou devagar até meu ventre, os dedos abertos enquanto seu polegar se refugiava no meu umbigo. Senti um arrepio brotar dali, se espalhar eletricamente pelo resto do meu corpo, funcionando como um fio condutor que fez Jamie ser atingido por um choque. Ele se encolheu um pouquinho, forçando as próprias pernas uma na outra, reprimindo algo em si. Aproveitei para me mover, e sem perceber me abri de tal forma a oferecer mais áreas ao meu acariciador oculto no escuro do quarto.

A mão dele subiu, trilhou pelo meio dos montes dos meus seios e parou ali, onde um movimento circular no mamilo entumescido me fez entrecortar a respiração.

— Sassenach, eu vou tocar você... ‒ Sua voz grave colocou fim ao silêncio.

Não foi uma pergunta, não soou como um: Eu posso tocar você? Não foi uma afirmação à procura de permissão, como um: Eu quero tocar você. Foi uma decisão, um aviso doce de algo irremediável, algo que aconteceria de qualquer forma.

Jamie puxou o edredom, despindo meus seios, que sentiram a temperatura do ar imediatamente, e foi inevitável arquear as costas no reflexo. Ele acendeu o abajur, a luz amarelada tomou conta, nos banhando de dourado, criando sombras pelo resto da cabana escura, empregando um tom de mistério e nos colocando no foco. Sorriu enquanto acariciava a minha sobrancelha, seus olhos profundos colados aos meus, dizendo coisas e mais coisas sem uma única palavra. Até sua boca beijar a minha, sua língua escorregar, fazendo a minha escorregar de volta, numa dança ou... batalha sem vencedor, sem um soberano e sim dois.

ele se ajustou ao meu lado, sua mão voltou a acariciar minhas coxas, resvalando os dedos atrevidamente naquele meu pedaço obsceno que gritava por atenção, que desejava a intromissão, e mais do que isso, o queria tomando seu espaço de direito.

— Eu quero você. ‒ Supliquei, minha voz rouca de desejo.

— Eu vou só te assistir.

— Jamie, po...

O Destino final (parte II)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang