Capítulo 11

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JULIETTE

Eu estou me vendo por todos os cantos da cidade, na verdade, uma outra versão minha, por sorte não dá para me reconhecer, afinal, realmente pareço outra pessoa.

Agora estou no carro com Rodolffo e sua mãe, em direção ao local onde será o casamento de Izabella, dona Vera não se  fez de rogada, e claro que Rodolffo deixou a mãe ir na frente com ele e eu estou no banco de trás olhando para a rua. Sei que estou indo nesse casamento apenas por um contrato de casamento, fazer o quê?

Chegamos ao clube onde será a cerimônia, que por sinal, será o meu também, muito imaginativos esses ricaços, estão todos da família do noivo e o noivo. Entramos, eu e Rodolffo de braços dados, como manda o figurino. Nós sentamos na frente, até que a noiva e o pai entram. A  cerimônia acontece, bem bonita por sinal, até chorei um pouco. Enfim, fomos para a festa, não me levantei muito, me sinto um peixe fora d' água, sinto que me olham estranho, sei que não estou a altura da classe deles, mas meu vestido até o joelho, largo e sandálias seriam um pouco menos vergonhoso, mas infelizmente, acho que não agradei em nada, mas não vou abaixar minha cabeça, sou uma pessoa forte, sempre fui, e outra, estou aqui pela saúde de  mainha.

Rodolffo, de vez em quando segura minha mão, claro, para fazer nossa ceninha de amor, retribuo, pois recebo muito bem pra isso. Ao final, quando os noivos saem para a tão sonhada lua de mel, eu peço pra ir embora, claro, Rodolffo me leva.

Passaram – se os dias e meu casamento já está chegando, eu e Rodolffo só nos casaremos no Civil e no cartório mesmo, meus pais que querem fazer um churrasco aqui em casa pra comemorar, falei para o Rodolffo, ele não gostou muito da ideia não, mas aceitou, minha mãe o convenceu.

Meus irmão já chegaram, minha intensão era não chamar ninguém, afinal, não estou me casando porque quero e nem por amor, mas minha mãe está organizando tudo e faz questão de falar para todos que irei casar com um homem bonito e rico. Fomos a clínica de fertilização e estamos aptos, os dois a ter filhos, comecei meu tratamento hormonal e daqui uns dias farei a coleta dos óvulos para a fertilização.

Chega o dia do casamento, não estou muito empolgada, mas me arrumo, só não estou muito confortável com a lingerie que mainha me fez colocar, toda branca, como se eu fosse usar, mas já que estou na chuva né, fiz o que ela me pediu. Ela fez meu cabelo junto com Preto, meu irmão. Estou com um coque baixo, estou de lentes de contato, meu irmão me obrigou a botar, dizendo que eu não podia casar igual uma Maria mijona.

Fomos para o cartório, meus irmãos e meus pais, quando cheguei, a família de Rodolffo e ele já estavam lá

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Fomos para o cartório, meus irmãos e meus pais, quando cheguei, a família de Rodolffo e ele já estavam lá. Olha, ele pode ser tudo, mas não posso dizer que ele não é bonito, se não fosse o cão chupando manga, eu até que poderia gostar dele, é sexy, másculo, exala testosterona, minha nossa, esses remédios hormonais estão me deixando louca.

Estou caminhando com meu pai ao meu lado. Quando chegamos onde estava Rodolffo, meu pai me entrega a ele e diz:

- Se tu fizer mal a minha filha eu capo o seu brinquedo com minha máquina de solda, que é pra doer a bessa. – Rodolffo arregalou os olhos e me encarou, viro a cara com desdém.

- Pode deixar senhor Lourival.

Viramos para a frente, onde está o juiz de paz e ele começa com a cerimônia.

- Hoje estamos aqui para realizar o casamento de Rodolffo e Juliette. Rodolffo é de livre e espontânea vontade que você aceita Juliette como sua legítima esposa? – ele olha pra mim, levanta a sobrancelha e vira novamente para o juiz e responde baixo.

- Sim.

- Juliette, é de livre e espontânea vontade que você aceita Rodolffo como seu legítimo esposo? – encaro Rodolffo, que me faz um gesto para que eu responda.

- Aceito.

- Bom, ao poder a mim investido, eu vos declaro marido e mulher.  Pode beijar a noiva.

Me esqueci que ainda tinha isso. Ele vem em minha direção, nem sei mais como fazer isso, faz tanto tempo, ele encosta sua boca na minha e não desgruda por um tempo, sinto uma energia forte me consumir, acho que ele sente o mesmo que eu, e quando percebe, que já estamos envoltos num beijo tão sedento e como se estivéssemos apaixonados, que os presentes estão tão surpresos quanto nós e aplaudindo, ele me larga rapidamente e me puxa para sairmos.

Fomos para o churrasco, ainda sem graça um com o outro depois do beijo depois do casamento, digo que senti uma corrente elétrica por todo meu corpo, com certeza, esses hormônios estão me deixando louca e tarada.

Contrato de Amor Where stories live. Discover now