O negócio era que eu tinha duas opções: ir embora pra minha casa, deitar e chorar até entupir o nariz ou ficar na festa e beber até desmaiar.
Eu escolhi a segunda opção porque nunca gostei de ficar com o nariz entupido.
E mais: Bebida de boa qualidade e grátis não devia ser recusada nunca.
Então eu voltei pra festa e fui justamente pra rodinha que o uruguaio estava. A mulher que tinha aparecido dizendo ser a noiva dele não estava mais por aqui.
Nem a Alice e o Gabriel.
Depois de ter dançado todas com a Dhiovanna, eu vi os dois subindo as escadas de mão dadas. Iraaaa, a noite ia ser das boas para os dois.
—Ei! — Gritei a Dhiovanna, ela se aproximou, trocando as pernas — Seu irmão subiu — Balancei as sobrancelhas enquanto ria como uma louca.
—Foi afogar o ganso o menino gol — John, o fofoqueiro falou rindo, se segurando na Dhiovanna pra não cair.
—Eu voto pra gente ir fazer a festa lá em casa — Levantei o dedo no ar — Vamo deixar eles afogarem o ganso em paz.
—Festa na casa da Hope!!!! — Matheuzinho gritou do outro lado.
Eu saí afastando todo mundo que tava na minha frente até chegar no cara que tava controlando o som e puxar a tomada do equipamento.
Um minuto de silêncio.
Pela morte da minha vida amorosa.
—É o seguinte — Falei subindo numa cadeira — A festa acabou.
—UHHHHHHHHH – Começaram a me vaiar, só pararam quando a Dhiovanna subiu numa cadeira ao lado.
—ACABOU A FESTA! ACABOU! A-CA-BOU! — Ela gritou.
As luzes de festa foram desligadas e as normais foram acesas, todo mundo entendeu o recado e começou a vazar.
—Vocês ficam — Falei pro nosso grupo, tava tão bêbada que nem lembrava quem tava lá — Pega aí as cachaça e bora todo mundo lá pra casa.
—Partiu! — Alguém gritou.
Por uns vinte minutos, o único som era o de garrafas sendo arrastadas para fora da casa e da conversa fiada dos caras do time.
O bonde estava formado: Eu, Dhiovanna, Milena, John o Fofoqueiro, Pedro, Matheuzinho, Andreas, Ramon, João Gomes o Gaguinho, Gabriel Batista, Neneca e... O Arrascaeta.
—Vamos trenzinho. VAMOS TRENZINHO — Matheuzinho puxou — A-HA, U-HU O CONDOMÍNIO É NOSSO!
O trenzinho se formou e a gente saiu da casa do Gabriel pra minha cantando.
—A-HA, U-HU O CONDOMÍNIO É NOSSO!
Chegamos lá em casa, o Matheuzinho tava derramando whisky nas plantinhas da minha mãe como se fosse água e o pior era que os outros estavam rindo como idiotas ao redor.
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𝐕𝐈𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎𝐒 • 𝐃𝐄 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐒𝐂𝐀𝐄𝐓𝐀
FanfictionHope e Arrascaeta se conheceram em 2015 depois de um passeio - desastroso diga-se de passagem - a cavalo em Belo Horizonte. Cinco anos depois eles se reencontram no Rio de Janeiro, sem passeio de cavalo, sem tombos e o melhor: vizinhos. 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨...