Eu aceito

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Este capítulo é mais curtinho, porém tem muitas descobertas do passado da Liz.


CAPÍTULO 23

           Liz

Hoje completa três semanas sem orgasmo – Sim. Três semanas – Não que eu seja uma ninfomaníaca ou algo do tipo, contudo, Eleanor só pode estar querendo me enlouquecer. Quando não me pede para dá-la prazer e me deixa na vontade, me provoca em lugares públicos.

O que essa mulher quer de mim? Minha punição a duas semanas atrás, não fora suficiente?

Que merda!


– Lizandra Olfh Nunes? – uma enfermeira que aparentava ter seus 68 anos, me traz de volta a realidade.

Ah provavelmente você não deve está entendendo nada, né?

Bem, deixe-me explicar. A minha irmã Liana, não está nada bem. Há duas semanas vem sentindo muitas dores no corpo e as de cabeça, nem se fala. Logo a trouxe para o hospital particular, que o meu trabalho cobre – Trabalhar em uma concessionária famosa tem seus benefícios – No começo pensaram ser apenas uma gripe, agora está nas mãos de um neurologista e estão avaliando minuciosamente para descobrirem o real problema.

Deus me livre de ser algo sério. Mas agora, com a enfermeira em minha frente, sua expressão de compaixão, sua voz que ditava cada palavra calmamente, seu jeito educado e ao mesmo tempo gentil – Isso só significava uma coisa – E eu estava com muito medo de descobrir.


– Sim, Sim! Sou eu! – Me apresso em falar, logo me colocando de pé.

– O doutor Bruno, deseja conversar sobre a condição de sua irmã – suas palavras me aterrorizaram.

– É muito... sério? – minha voz vacilou e, meus olhos logo lacrimejaram.

– Venha comigo. A levarei até a sala dele – foi receptiva e atenciosa ao me guiar até a sala do doutor.


A medida que me aproximava mais do consultório, meu coração acelerava a cada passo. Por um momento, lembrei-me da minha taquicardia e parei por alguns segundos no extenso corredor – Tente se controlar Lizandra, você não pode morrer antes de suas irmãs – repreendi-me e respirei fundo, tentando não deixar o medo tomar conta de meu ser e, continuei calada a segui a enfermeira.

A mesma parou em frente a uma porta branca de vidro transparente e suas mãos foram de encontro com a maçaneta, chamando o doutor com sua voz baixinha e rouca pela velhice. Entrei na sala do médico e o mesmo se apresentou de forma cordial, sentei-me na cadeira tentando controlar minhas tremedeiras, mas fora impossível de passar despercebido pelo doutor.

– Aqui senhorita Lizandra – Bruno me estendeu numa de suas mão, um copo d'água.

– Obrigada doutor – agradeci timidamente.

O observei discretamente, Bruno era um homem de cinquenta e poucos anos corpulento, negro e neurologista. Trabalha no hospital particular a há mais de vinte anos e, é muito respeitado por todos ali dentro – Se formou em Yale nos Estados Unidos e fez doutorado em Cambridge – Um médico renomado eu diria.

– Bem, você é a responsável pela a Liana, certo?

– Sim – sussurro – Sou a única família dela. É minha irmã.

– Tenho uma notícia boa e outra ruim – prestou-se a falar – Não gosto de enrolação, então vou logo ao ponto – continuei calada apenas escutando – Sua irmã, a Liana tem um tumor na cabeça chamado Meduloblastoma – fora ditando – É um tumor que normalmente dá em crianças, ele é maligno se espalha rápido e atinge a medula espinhal, podendo causar a perda de diversas funções como visão, andar, fala etc... – explicou detalhadamente – Além da cirurgia, ela vai precisar fazer tratamento pelo resto da vida.

Save Me (Romance Lésbico) - REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora