Amor em dobro confusão em dobro

Educação física

-Entre. Diz uma voz doce e aveludada, não me lembro desta voz mas mesmo assim entro.

Assim que entro me deparo com um menino incrivelmente bonito e aparentando ser mais novo que eu...o que será que está acontecendo aqui?

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  Entro na sala e me deparo com um menino de cabelo castanho que aparentava ter minha idade ao lado de Nanami e ambos olhando pra mim, acho que fiquei com uma expressão de interrogação já que ao ver meu rosto o loiro a iniciativa de apresentar o mais novo ao seu lado.

-Este é o Pan meu assistente, ele também dá aula para os mais novos assim como eu, quando não estiver aqui ele que fará seus exames e as demais coisas que sempre fazemos. Nanami diz com o mesmo semblante sério de sempre.

-Muito prazer senhorita, o senhor Kento estava me explicando sobre a sua situação e sobre as medidas que devo tomar caso algo aconteça. Diz com um tom simpático e suave. Desculpe minha curiosidade mas porque você faz estes tipos de exames na escola e não em um laboratório? Nanami acena com a cabeça mostrando que não preciso ter medo e nem pressa para responder.

-Bom os meus pais morram em uma queda de avião a alguns anos e como o senhor Nanami sempre foi muito amigo dos meus pais ele cuidou de mim, ele nunca deixou eu fazer exames "fora dos olhos dele" ele sempre quis ser responsável por eles, receitar meus remédios e essas coisas pra poder cuidar de mim resumindo ele é meio que o meu segundo pai. Dizia tudo calmamente ,falar sobre a morte de meus pais nunca foi algo muito tão difícil pra mim não é que eu não amasse eles eu apenas sabia que era algo normal da vida e Nanami sempre foi ciente do que como me sentia em relação a ele.

-Já que está tudo explicado vamos aos seus exames de rotina e os remédios desse mês. Nanami começa a me examinar e ao mesmo tempo explicar para Pan os procedimentos, a todo momento ele fazia algum carinho em mim pois sabia como me sentia desconfortável com agulhas.

-Quando ficarem prontos eu irei te chamar novamente, aqui estão seus remédios lembre-se qualquer coisa que precisar pode vir aqui ou me ligar vc nunca será um problema pra mim.

-Tudo bem, eu já vou indo,te amo pai. Digo com um sorriso no rosto e com a voz mais amorosa que tenho recebendo um sorriso e um abraço.

-Também te amo filha.

-Até depois Pan.

  Saio da sala de enfermaria e vou em direção a minha sala de aula, no caminho fico reparando nós corredores da escola e em como eles estão diferentes, sempre fui uma menina bem observadora as vezes até me perco de tanto que fico concentrada em certas coisas que vejo e isso é ótimo para ouvir fofocas que ninguém presta atenção.
  

  Assim que chego na frente da porta bato na porta e espero até ter permissão para entrar, assim que a recebo adentro na sala e vou em direção a minha mesa sem dar atenção para os olhares curiosos, faz alguns anos que vou na enfermaria com frequência o que faz os curiosos de plantão sempre ficarem de olho em mim, os únicos que sabem da minha condição (pra quem não se lembra é anemia*) são o Nanami, Megumi e Toge. Fui obrigada a contar para eles depois que desmaiei em uma festa do pijama por causa da minha condição, depois disso eles ficaram bem mais protetores e mais atentos comigo.
 

  Agora era aula de Geografia mas por estarmos no primeiro dia de aula não estávamos tendo matéria, apenas ficamos conversando até dar o sinal para o terceiro horário onde de acordo com Megumi seria educação física a aula que eu particularmente mais odeio no mundo, as meninas amam por poderem ver os meninos suados e com as roupas coladas em seus corpos e onde podem "soltar todo seu tesão reprimido" através de palavras como "gostoso" ou "eu dava" (sei que isso é visto muitas vezes como assédio e eu não concordo com isso mas como é algo tecnicamente involuntário não vi problemas em colocar) o que eu acho ridículo por mais que concorde com alguns elogios acho um pouco desrespeitoso, mas fazer o que.