Capítulo 22 - Covarde

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"O quê?" Escuto um fiapo de voz ao meu lado. Quando me viro para Baz, dou de cara com sua expressão rígida. Meu coração parece parar de bater por um instante, e eu tenho que virar o rosto na direção de Estephan mais uma vez para ter certeza que isso não é um maldito pesadelo.

Baz era nada menos que lindo com aquela expressão. Me sinto terrível por pensar isso, mas ele combina com essa tristeza. Eu quero me aproximar e prensá-lo no meu peito até nossas almas não passarem de uma única, mas eu sabia que, no momento, se eu tentasse me aproximar, Baz me queimaria vivo.

Ele dá um passo para trás. Seus olhos se desviam de Davy, para mim, para Estephan, tão confusos que parece que sou eu quem estou sendo chamado de monstro.

Eu tento levantar uma mão, talvez esperando que exista alguma chance de Baz me deixar tocá-lo, mas eu recebo um tapa tão brusco que meu corpo inteiro se encolhe.

Como isso é capaz?

Como nosso beijo de segundos atrás é capaz de se destruir e acabar nisso? Como diabos Davy me achou aqui?!

Por que agora?!

Eu quero pular nele. Quero bater em Davy até não poder mais, até não sentir a pele das minhas mãos, mas eu não consigo me mover. Não acho que Davy esteja usando qualquer um dos seus poderes em mim. Acho que isso é medo. Medo me petrificou, e eu fico parado quando Estephan avança na direção de Baz.

"Simon." Baz me chama. O ar foge dos meus pulmões. Meus olhos começam a doer. Ele parece tão ferido...

Acho que acabei de destruir o resto de felicidade que existia nele.

Esse pensamento cruza a minha mente, enquanto eu lembro de como o conheci. O quanto seus olhos já pareciam apaixonados por mim, como se eu fosse tudo aquilo o que ele sempre quis. Como se dissessem 'eu faria qualquer coisa por você.'

Lembro de quando o ouvi me contar sobre sua mãe, de como pareceu frágil feito vidro na minha frente.

Lembro da primeira vez que me beijou. Lembro dos sons que saíram da sua boca, de como Baz confiou em mim para me levar para a própria casa.

Lembro de como ele não sugou meu sangue, mesmo depois das inúmeras oportunidades que teve.

Eu falhei com Baz. Falhei comigo mesmo.

Meus olhos ardem. Minha visão embaça.

Meu cérebro parece fritar. Minhas emoções se descontrolam e eu não sei mais o que sentir. A raiva parece me criar uma barreira, me impedindo de sentir a gigantesca onda de mágoa e arrependimento que vem na minha direção.

Eu recuo, sentindo meu corpo frio. Não frio da mesma forma que a de Baz, mas calafrios, como se houvessem fantasmas perto de mim, sugando minha energia.

Talvez seja Davy. Ele está sem a planta. Se for, agora eu entendo porque ele precisava tanto dela.

Essa sensação me dá vontade de me jogar no chão e nunca mais me levantar.

Abro a boca. Minha respiração está começando a falhar, e eu não sei se isso é algum tipo de crise ansiosa, mas quando eu vejo os olhos de Baz se fixando em mim como se eu fosse aquele que pegou seu coração nas mãos prometendo tomar cuidado e no final acabou o dilacerando com os dentes.

YOUNG TRAITOR | SnowBaz ✔Where stories live. Discover now