Até estar ao seu lado, filho...

24

Peter não olhou para onde ia, ele só queria sair daquele lugar o mais rápido possível.

Ele havia ido até a torre para tirar satisfação de Tony, mas quando estava chegando na sala ele ouviu vozes. Sabia que se tratava dos vingadores, mas quando ia se aproximando a conversa o interessou.

Ele ficou atrás da porta ouvindo tudo.

Ele não queria acreditar que Tony fosse realmente seu pai, porque se ele fosse isso significava que nada do que ele falou era mentira. Ou seja, sua mãe realmente estava morta.

A pessoa que ele mais procurou por literalmente toda sua vida já nem estava mais no mesmo mundo que ele.

Peter se sentia um idiota, tudo que ele havia feito na sua vida tinha sido em vão. Ele não conheceria sua mãe, ele não poderia contar nada a ela. Ele nunca escutaria sua voz, ele nem ao menos sabia como ela era.

Mas isso já nem importava mais porque ele não a conheceria mesmo.

Ele pegou seu telefone e discou o número de May, ele torcia para que a mesma falasse a verdade, e que a verdade não fosse a de Tony. Mesmo que no fundo, ele soubesse que era.

Alguns segundos depois do telefone chamar, a mulher atendeu a ligação. Ela parecia preocupada, talvez fosse porque Peter tivesse fugido de casa.

May: Peter? Finalmente, eu já estava ligando para a polícia! Onde é que você está?

Peter: May, quero te perguntar uma coisa e quero que me diga a verdade. Vou saber se estiver mentindo.

May: Tudo bem, pode perguntar! Vou dizer a verdade.

Peter: Você me enganou?

A mulher esperou um pouco para responder.

May: Por que você está me perguntando isso querido?

Peter: Eu sei que Beck não é meu pai, eu fiz um teste de paternidade e deu negativo.

A mulher não respondeu nada, talvez ela estivesse torcendo para o menino dizer que se tratava de uma trolagem. Mas ele não disse.

Peter: Tony é o meu pai, não é?

May suspirou alto, ela conhecia o sobrinho o suficiente para saber que todo seu plano tinha ido por água a baixo.

May: Quem foi que te contou? Foi Tony?

Peter: Então é verdade, Tony é o meu pai? Então, a minha mãe realmente está morta?

May: Querido eu, eu não tenho intimidade com Tony. Nós não falamos sobre isso.

Peter: Por que? Por que mentiu para mim todo esse tempo?

May: Peter, entenda que eu só quero o melhor para você!

Peter: E por acaso o melhor para mim é esconder o meu pai biológico? Cujo eu procurei por anos?

May: Querido, um dia quando você for mais velho vai entender como isso funciona!

Peter: Não me venha com essas bobagens.

O garoto desligou o telefone antes que May pudesse dizer mais atrocidades como aquela.

Mas ela tinha falado a verdade, então quer dizer que tudo que Tony tinha dito era verdade!

Ele pensou se seria um erro voltar para a torre, porque ele realmente não queria ver Tony agora. Mas ele também sabia que era na torre onde todas suas respostas se encontravam.

Peter já não sabia se podia confiar em ninguém, todos mentiam para ele descaradamente. Por isso, ele teria que ir atrás das respostas sozinho.

O mesmo se virou e foi em direção a torre.
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Tony chegou a ir atrás de Peter quando o mesmo saiu correndo, porém inútil pois o garoto era muito mais rápido que ele.