014 | I'm gonna die, ins't it?

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Joalin não sabia mais o que fazer, estava cansada, tinha passado os últimos três meses a tentar sair daquele lugar sem nenhum resultado, continuava presa na sua própria mente

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Joalin não sabia mais o que fazer, estava cansada, tinha passado os últimos três meses a tentar sair daquele lugar sem nenhum resultado, continuava presa na sua própria mente.

Estava agora sentada numa das cadeiras do longo e silencioso corredor, eram quatro e qualquer coisa da manhã, Sabina tinha adormecido com o rosto molhado encostado á sua mão, não sem antes se certificar de que a porta do quarto estava trancada com a chave que lhe foi dada pela Doutora Thomas.

Joalin tinha os cotovelos apoiados nos joelhos enquanto batia freneticamente o pé no chão e tinha o rosto escondido pelas suas mãos enquanto tentava pensar numa solução para sair daquele lugar horrendo do qual ela já estava mais que farta.

― Joalin.

O seu pé parou, levantando as mãos lentamente do rosto com uma expressão confusa, a loira olhou para o fundo do corredor vendo a mesma mulher da outra noite, que logo se sentou do seu lado.

― Ainda por aqui?

― Não, não. Só vim dar uma visitinha para depois voltar à vida. ― comentou Joalin sarcasticamente, ouvindo uma pequena risada sair dos lábios carnudos da senhora ao seu lado.

― Chegou a decisão final, Joalin.

A loira a olhou confusa, que porcaria era essa de "decisão final".

Ao ver a expressão confusa da loira, a senhora entrelaçou as suas duas mãos em frente à anca.

― Vem comigo.

Se levantou, sendo seguida por a loira que passado alguns segundos de hesitação aceitou em ir.

As duas caminharam pelo hospital, passaram por mais de 50 quartos, isso Joalin podia garantir, tinha parado de contar há muito tempo.

Foi quando quase bateu num vidro ao achar que não havia ali nada que percebeu que estavam ao pé de uma porta de madeira, totalmente diferente das outras daquele edifício.

A porta tinha uma pequena janela, mas a única coisa que se via era uma luz brilhante do lado de dentro, Joalin se inclinou, tentando ver algo no meio de tanto brilho, falhando.

― É agora que tens de decidir.

― Decidir o quê?

― Luz ou escuridão, Joalin?

― O que acontece em cada uma delas?

― Luz ou escuridão?

― O que acontece?

― Luz ou escuridão?

― Eu já entendi a porra da pergunta! O que acontece se eu escolher uma? ― perguntou pausadamente, ouvindo a mulher na sua frente repetir a pergunta, a fazendo repetir a sua. ― Eu preciso saber!

― Não. Não você não precisa, Joalin. ― a senhora chegou perto dela agarrando as duas mãos da loira. ― Todos tomamos decisões na vida sem fazer a mínima ideia de quais serão as consequências, independentemente do que aconteça apartir do momento que você escolher uma destas duas opções, vai ficar tudo bem, isso é algo que te prometo, tanto para você, quanto para aqueles que você ama. Agora, Joalin, luz ou escuridão?

O seu olhar caiu nas suas mãos agarradas pelas da senhora negra na sua frente, respirou fundo, a cabeça dela parecia que ia explodir, não aguentava mais tantos inigmas, ilusões, charadas, tudo.

Viu o seu irmão morrer na sua frente por sua culpa, viu Sabina se trancar do mundo inteiro tudo porque já não a tinha, abraçou os seus pais, tudo foi uma ilusão, algo doentio que a sua própria mente estava a fazê-la testemunhar.

Talvez fosse a culpa, pensou, a culpa de estar a falar com o seu pai quando o carro virou, ou a culpa de não ter conseguido manter a sua mãe viva só mais algum tempo até a ambulância chegar, a culpa de Josh ter passado o seu aniversário sem ninguém da família, ou a culpa de ver os olhos sem esperança dos seus avós quando a visitaram no hospital alguns meses atrás.

Ou então fosse a sua mente a pedir por um fim, a pedir para que ela mesma aceitasse o que a sua avó lhe dissera quando lhe acariciou a bochecha naquele quarto frio de hospital.

" Está tudo bem se você quiser ir, Jo. Vai ficar tudo bem. Se precisar do seu descanso iremos entender, continuaremos a amar você para sempre, enquanto sabemos que continuará a cuidar de nós."

Uma pequena lágrima apareceu no canto do seu olho esquerdo, mas não caiu, ficou ali, segura.

Foi quando o pensamento de desistir de tudo quase dominou a sua mente que uma pequena voz soou bem lá no fundo.

" Flores precisam ser cuidadas para sobreviverem. Não esperes que tomem conta de você, minha flor, se ame a si mesma acima de qualquer coisa, és demasiado preciosa para ser tratada como nada."

A lágrima caiu, chegando aos seus lábios suaves onde um pequeno sorriso se havia formado, logo ela soltou uma risada sem humor, olhando para cima com um pequenino sorriso.

― Eu vou morrer não é? ― disse, vendo a mulher na sua frente dar um sorriso pequeno.

― Todos vamos. ― ela continuou a sorrir vendo a loira dar um risadinha antes de olhar para o fundo do corredor onde o escuro dominava, os olhos brilhantes com um oceano feito de lágrimas.

― Eu não acredito. ― disse, limpando as lágrimas que insistiam em cair. ― Eu vou morrer. Eu vou morrer na porra de uma cama de hospital, com o amor da minha vida ao meu lado à espera que eu acorde.

Enquanto a loira tentava parar as lágrimas, a senhora sorriu minimamente chamando a atenção da loira.

― O meu nome é Bonnie. Bonnie Bennett. ― se apresentou, respondendo à pergunta que a menina na sua frente havia feito há dias atrás. ― Sou uma âncora entre os dois mundos há bastante tempo. Todos temos uma escolha, Joalin. Chegou a hora de você fazer a sua. Portanto, Joalin Loukamaa, Luz ou Escuridão?

― 𝐕𝐎𝐓𝐄𝐌―

o que estão achando até agora?

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o que estão achando até agora?

ta quase no final :,(

𝗯𝗲𝘁𝘄𝗲𝗲𝗻 𝗹𝗶𝗳𝗲 𝗮𝗻𝗱 𝗱𝗲𝗮𝘁𝗵 | 𝗷𝗼𝗮𝗹𝗶𝗻𝗮Where stories live. Discover now