10 - Sensei?

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Otsuke, na Vila da Areia

Faz dias que não recebo notícias, porém perdi conexão com a aranha então deve ter achado alguém. Um dos meus passatempos era ler sobre as nações debaixo de uma árvore.

A história do Tobirama para mim é uma das mais fascinantes, com mais detalhes é o melhor. Criador de jutsus e isso me trás uma ideia. Preciso aguardar Hideki para poder compartilhar e ver quem poderia ajudar nessa loucura.

Apollo continua como minha sombra e toda vez que passo por um anbu, viram o rosto, desgosto. Ignoro, aqui não é minha casa e nunca será.

— Me deixa em paz! Estou tentando! — um grito captura minha atenção e ao fechar o livro, uma menina estava chorando por não conseguir acertar uma kunai no alvo.

— Você nunca vai alcançar o posto de anbu se for fraca assim! — um menino aponta o dedo em seu rosto rindo do seu fracasso.

Crianças podem ser muito cruéis.

Sem anunciar minha intenção,  invadi o pátio e todos, inclusive o sensei, ficam em alerta. Ando tranquilamente pelo lugar.

— Você disse mais cedo que queria ser Kazekage, sinto pena dessa vila se te escolherem, alguém sem empatia não merece compaixão de ninguém, liderar por medo, um dia despertará em alguém o desejo de rebelião e uma hora tudo explode, agora se liderar e te respeitarem, vão te seguir sem rebelião e você será exemplo. Ela vai crescer e com treino será líder da anbu, em vez de rebaixar. — pego a kunai dando na mão da menina e aponto para meus pés, incentivando que copie o movimento e arremesso, as duas acertam. — Incentive!

Do as costas e vejo minha babá de boca aberta, não sou de me exibir ou discursar. Mas ganhar a confiança deles é essencial para ter liberdade de andar sem guardas.

— Parece que você está seguindo outro caminho. — concordo sorrindo.

Não percebem que a kunai tem dois caminhos e eu escolhi o da vingança.

— Verdade. — voltamos a casa do Kazekage. — Vou almoçar.

— Por que não faz as refeições com o Mestre e seus irmãos? — apoia-se na parede.

— Kankuru nunca me dirigiu a palavra e Temari não vai com a minha cara, muito menos o marido dela. — abaixo para tirar os calçados. — Evito confusão e nunca fiz questão de companhia, só dá minha mãe.

Aceno e entro no quarto, acendo uma pequena luz, pego as coisas e começo a desenhar, comi e voltei ao trabalho, só quando ouvi batidas que notei que já se passava das três da tarde. Fingir que tenho uma nova atividade, afinal vão desconfiar se só focar em ler sobre os kages.

— Otsuke? — não respondo e ele entra. — Quem é essa mulher? — analisa o quadro vendo meus traços.

— Minha mãe, linda não é? — concorda sentando do meu lado.

— Sente falta não é? — suspiro e concordo.

Não sobrou tempo para sofrer pela sua perda, ela se foi e fui capturada. Será que sou uma filha ruim por não sofrer por sua morte?

— Ela sempre falava que eu era filha dela, só dela e não do Deidara. A única que pensava assim, o resto do mundo vai me ver como filha do renegado que matou o Kazekage da Areia. — levanto indo colocar o quadro perto da cama.

— Soube que ensinou uma criança hoje no lançamento de kunais. — viro para olhar, não entendo ele me falar isso.

— E o que tem? — guardo o material, guardando os lápis na caixa na mesma ordem.

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