Dois passos para frente, três para trás

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R O S E

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R O S E

[Sábado – 50 dias depois]

Olho para James e o seu rosto que carrega uma expressão preocupada, quase dolorosa. A calcinha de Lexie ainda está firmemente na sua mão. Ainda não consigo acreditar muito nisso. James S. Potter e Lexie Longbottom? Eles parecem não ter nada em comum e, mesmo assim, o olhar dele para ela diz muito. Não faço ideia do que está acontecendo entre eles, mas fica evidente que existe algo ali que nenhum de nós, além deles, sabe. 

Lexie ele chama, dando um passo na direção dela e ignorando a pergunta de Fred sobre o que está rolando e, de certa forma, isso é meio que uma resposta óbvia.

Eu olho para Lexie, que parece querer cavar um buraco e se esconder.

Nada que precisamos saber — respondo por ela e pelo James, percebendo que a situação já tinha passado dos limites. Fred, que havia acabado de chegar, franze o cenho, sem entender muito bem. 

— Eu já vou. Eu preciso... preciso resolver umas coisas — Lexie anuncia, aproveitando a oportunidade para desaparecer, mas, antes de sair com passos firmes pelo corredor, os seus olhos caem em James por rápidos segundos. Eu posso jurar que James Sirius está prestes a correr atrás dela, contudo, quem o faz não é ele e, sim, Scorpius.

Ele se vira na minha direção com os olhos cinzentos firmes e avisa: — Preciso falar com ela.

E, então, some pelo corredor atrás de Lexie Longbottom.

O meu coração despenca no peito enquanto eu continuo a olhar o final do corredor vazio, por onde Scorpius desapareceu. Mal consigo compreender o que acabou de acontecer, apenas tenho um sentimento desesperador de perda me embrulhando o estômago, afastando aquela fome de minutos atrás. Pisco mais forte e olho para James. Ele está com uma cara igual, ou até pior, que a minha. Ao perceber os meus olhos sobre ele, James se vira para mim, erguendo os ombros.

— Ele realmente foi atrás dela?

A sua pergunta foi para mim, no entanto, quem responde é Albus.

— Estupidamente, sim.

Eu sinto que posso chorar a qualquer momento. Chorar de verdade. Com soluços e sons estranhos. Da forma mais vergonhosa que existe e Albus percebe isso, porque se aproxima e segura o meu braço. Meus olhos ardem e espero que o meu primo não queira me abraçar. Eu o afasto na mesma hora, garantido, mesmo que ele não tenha perguntado nada: – Eu estou bem. Só vou entrar no meu quarto e... dormir um pouco mais.

E faço o que falei. Dou alguns passos para trás, evitando os olhos dos meus três primos e fecho a porta do meu quarto, trancando logo após. Me encosto na porta e é preciso um piscar de olhos para que algumas lágrimas rolem, molhando o meu rosto. 

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⏰ Last updated: Feb 07, 2022 ⏰

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(Un)luck / SCOROSEWhere stories live. Discover now