Eu desejo você

Desejo você

Yaman estava feliz por estar em casa. Isso significava que ele poderia descansar em seu quarto e teria a companhia de Seher. Ela havia prometido cuidar dele, e não o deixar nem por um segundo. É claro que ele estava animado com essa última parte.

Tudo seguia tranquilamente, ainda com algumas limitações, desconforto e em recuperação, mas sentia-se vivo. Sua esposa havia dito que o amava muito, nada poderia ter feito seu coração mais feliz.

Ela estava tão preocupada. O medo de perder o homem que amava só a deixou ainda mais consciente do que sentia. Cuidaria dele com a sua vida.

Havia acabado de medir a pressão arterial do marido, que mesmo naquelas condições não deixava de dizer e mostrar a ela o quanto sua presença o dominava e o quanto ela influenciava não só o seu coração, mas todos os seus sentidos.

Ainda tímida, após ouvir o quanto seu toque era capaz de causar tantas reações em seu marido, foi "salva" pelo celular, avisando o horário da medicação. Ela virou-se e fez menção em pegar o comprimido.

- Você vai me ouvir de agora em diante. Deve tomar seus remédios para que se recupere rapidamente.

Mas é claro que Yaman não desistiria tão facilmente. Ele havia ultrapassado a parede do "eu te amo", e agora só restava mais uma barreira entre eles.

Ele ainda estava sob o efeito do toque das mãos de Seher, seu coração batia acelerado e ele não conseguia tirar os olhos dela, do seu corpo esguio tão perto dele, ao alcance de suas mãos. Ele estendeu as mãos sob a cintura de sua esposa e a puxou para si, encaixando-a perfeitamente em seus braços, e sentindo o cheiro inebriante dos seus cabelos, a pele exposta do seu pescoço. Ele quase não conseguia se segurar. A puxou para mais perto, recostando na cabeceira da cama e a levando junto com ele.  Estava tão próximo daqueles lábios que desejava a cada momento de vida.

Seher foi pega de surpresa, sentiu os braços fortes de Yaman puxarem sua cintura e a envolverem em um abraço forte e sensual. Ela sentiu quando seu corpo se chocou ao dele e uma onda de eletricidade percorreu todo o seu corpo. A barba dele roçava em seu pescoço, em sua bochecha. Os braços dele em volta do seu corpo, as mãos dele que pressionavam a sua cintura e a proximidade de seus lábios, ele estava tão perto que ela não conseguiria resistir. Ele a puxou para mais perto, fazendo com que ela se apoiasse sobre seu abraço e estivesse com o rosto tão perto que não seria possível existir um mundo onde eles não aproveitariam aquele momento único.

Tentando não ceder ao lapso de consciência e a influência que ele tinha sobre ela, tentou se desvencilhar.

- Seus pontos. Você vai se machucar.

Ele mal podia ouvir o que saia de seus lábios, estava tão hipnotizado por sua beleza. Seher estava tão consciente do desejo com o qual ele a olhava naquele momento. Era como se faíscas saíssem da proximidade entre eles. Os olhos de Yaman queimavam enquanto olhava para os lábios da esposa.

- Vamos, deixe-me ir. Se você não me deixar, eu vou gritar – disse Seher.

Os braços dele a acariciavam e apertavam cada vez mais.

- Você não é minha esposa? De quem é esse assunto? – ele disse.

Seher estava tão envolvida, ela só conseguia pensar no quanto o toque dele era maravilhoso e no quanto ela se desmanchava toda diante daquele olhar de desejo que Yaman lançava sobre ela.

Yaman, sentindo que ela também o desejava, tomou a liberdade de puxá-la para mais perto. Ele subiu a mão esquerda pela nuca de Seher, envolvendo seus dedos sobre os cabelos dela, um leve puxão e ele a levou para mais perto de si. Podia sentir a respiração dela se misturando a dele, sendo duas partes de um todo. Aquele momento, a antecipação, era tão delicioso quanto o próprio beijo.