Capítulo 27 - Criatura caótica.

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"Conflitos gerados por um grande mau.
Gera um grande perigo e ameaça a todos"

¤¤¤HEITOR¤¤¤

      Eu estava cansado, sentindo as correntes se desfazerem e as sombras recuaram me deixando em um vazio branco, tinha a mão em meu ombro sentindo uma grande dor e minha cabeça latejava e mantinha a mesma abaixada ouvindo chamarem meu nome enquanto apertava o tecido de minha roupa, mas paro reconhecendo a voz:

"Heitor...Heitor..."

~~////~~

— Heitor! — Minha irmã segurava meu braço enquanto andava pelos corredores.

— Desculpa, eu me perdi em pensamentos — Falo olhando ela.

— Tem certeza que quer ver ele? — Ela pergunta enquanto chegamos à porta.

"É estranho não sentir o lugar onde cresci como minha casa mais"

— Você está preocupada com ele não está? Se ele está doente eu devo ajudar é meu dever — Sorri segurando seu ombro.

— Mas...

— Me trás os remédios logo vai — Bagunço seu cabelo rindo e me viro para a porta logo batendo.

       Ela havia saído, eu entro mesmo não ouvindo resposta vendo um dos empregados sair depressa se curvando limpando rosto com alguma coisa que foi jogada nele:

"Algo da raiva dele, sem dúvida..."

— Sabe se continuar a tratar eles mal assim, você vai acabar um velho rei solitário....Sorte sua que minha irmã te ama muito, pai — Falo cruzando meus braços

       Ele estava deitado na cama olhando o teto fechando sua expressão parecendo querer me ignorar e puxo uma cadeira me sentando ao lado da cama vendo alguns pratos de comida pelo chão indicando que ele não estava comendo e suspiro:

— Ela está preocupada com você sabia... — Falo olhando para o chão e ri — Me lembra quando era pequena o senhor a mamãe e eu ficávamos perto da cama dela até melhorar e pegamos um resfriado depois também por ficar tanto tempo com ela.

— Porque está aqui? — Ele pergunta de braços cruzados — Achei que estaria agora comemorando que eu esteja nesse estado, veio aqui para me humilhar ou algo assim seu moleque!?

— Eu também me lembro que eu fazia a melhor sopa para ela, minha famosa sopa de batata com pedacinhos de carne que derretiam na boca, talvez faça para você também, ajudava — Continuo pegando os pratos e talheres do chão me abaixando e ele quase abre a boca, mas o corto — Você pode não ser o melhor dos pais, mas sou seu filho e mesmo que me odeie, eu não te desejo mal algum...

      Deixo os pratos e talheres sobre a cômoda e ajeitava os travesseiros dele enquanto ele apenas ficou calado:

— Você é um idiota — Ele reclama.

— Antigamente você não suportava minha presença no mesmo lugar que você, se agora só me insulta e não está me mandando embora é um progresso não? — Sorri e pego o pano de sua testa levando a bacia de agua que deixaram aqui.

— Você poderia ter morrido junto com ela — Ele fala baixo.

— Foi um pedido ou um pensamento de alguém que avaliou isso agora? — Pergunto.

       Ele estava virado de costas para mim e não sabia ler sua reação e apenas aperto o tecido e sopro deixando uma aura branca no mesmo sabendo que ajudaria bastante:

— Você não devia ter vindo — Ele reclama.

— Não é decisão sua — Deixo o pano em sua testa e ele me olhou parecendo ter notado agora algo e leva mão ao próprio rosto tocando a própria cicatriz — Se alimente e trate de tomar seus remédios pai, você tem muito que ensinar minha irmã sobre o reino, não pode morrer ainda e deixar tudo para ela cuidar sem saber como...

Filho das Trevas {Destinada as Sombras}Onde histórias criam vida. Descubra agora