• Capítulo 01 •

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| DEGUSTAÇÃO |

Music: Imagine Dragons - Radioctive

" A dependência emocional, é por vezes cruel

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" A dependência emocional, é por vezes cruel. A traição é impiedosa e a mágoa inevitável."

KAYLA • Kayla Johnson

Atualmente • Londres

Na palma das minhas mãos, tinha um par de pesadas abotoaduras douradas, geladas, elegantes e masculinas. Fechei minha mão, em volta dos pequenos objetos e levantei um olhar para a atendente diante de mim e agradeci com um largo sorriso.

— Gostou, senhorita?

— Sim, estão perfeitas. — respondi com uma voz tão sedosa quanto a minha felicidade.

— Nós ficamos muito felizes, ansiamos sempre a satisfação do cliente. Pode me entregar para poder embalar? — A atendente estendeu a mão na minha direção.

Concordei com a cabeça e entreguei, em sequência, ela se afastou para polir um pouco mais antes de colocar na caixa. Como já havia pago pela encomenda, apenas aguardei o seu retorno.

Nunca fui uma pessoa dada a muitos luxos. Joel foi um bom homem para ensinar Harley e eu, nos fez boas adultas conscientes e responsáveis. Assim, mesmo com a herança dos meus pais no banco, era o mesmo que nada. Pois, entramos em comum acordo de separarmos em duas contas o valor e não movemos dinheiro de lá, se não tivesse extrema necessidade e devolvíamos posteriormente.

Estas duas abotoaduras que comprei com dinheiro do meu trabalho e iria as dar ao meu noivo. Isso me enchia de orgulho. Foi uma pequena fortuna, e de alguma maneira, pensei que onde quer que estivessem, meus pais estavam orgulhosos de mim também.

A atendente me entregou a sacolinha, agradeci e virei-me para sair da loja. Uma vez que passei pela porta, o som do sino da porta chega aos meus ouvidos, em conjunto com o vento suave e gélido, que parecia uma carícia refrescante, me dando a sensação de liberdade.

Ainda era as primeiras horas do dia, estava de folga... E agora não sabia o que fazer até o meio-dia. Quanto tempo fazia que não tinha um tempo sem nada para fazer assim? Nem sequer lembrava. Suspirei e relaxei os ombros, como se tirasse um enorme peso deles. Guardei o embrulho na bolsa, enquanto pensava no que fazer até ir ao encontro com Richard. Com um sorriso bobo no rosto, fiquei fantasiando com o nosso casamento tão esperado depois de nove anos juntos.

Recordo com doçura, assim como nos nossos primeiros anos trabalhando, mal olhávamos um para o outro, devido à correria em direção aos nossos sonhos. Nossa vida íntima, ele sempre insistia em esperarmos até o casamento, para me respeitar e sermos fiéis à tradição do vestido branco... Tão cafona, mas fofo. Segundo ele: a maior prova que um ex-mulherengo estava apaixonado, era o quanto valoriza aquela que tem seu coração.

Contrato com um ( Des)Conhecido - DEGUSTAÇÃO Onde as histórias ganham vida. Descobre agora