Capítulo I

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Aquela noite estava calma, não havia muita confusão que alertasse a polícia nas ruas, assim como estava ótimo para morrer em alguma vala pelas ruas de Tóquio, as opções só tendiam a melhorar

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Aquela noite estava calma, não havia muita confusão que alertasse a polícia nas ruas, assim como estava ótimo para morrer em alguma vala pelas ruas de Tóquio, as opções só tendiam a melhorar. Aqueles que trabalhavam a noite em Tóquio, eram considerados loucos, afinal quem não temeria as gangues que assombravam a cidade?

Bom, para a garota de 15 anos, que servia drinks na mesa 7, enquanto sua chefe colocava pra fora mais um bêbado que saiu dos limites, não importava o horário. Tecnicamente, ela deveria estar em casa, no conforto de sua cama, com as roupas jogadas pelo quarto e a guitarra perto da cabeceira, mas ela não estava.

Estava ali, trabalhando para ajudar a pagar as contas de casa, já que seu avô era um senhor idoso e a aposentadoria dele não pagava todas as contas de três pessoas morando naquela casa. Seu irmão conseguia dinheiro de formas que ela preferia não saber, para benefício próprio.

Sentiu quando um homem tocou em sua bunda, achando que por estar num bar estava tudo bem, mas não estava. Segurando a mão do mesmo e apertou com força, podendo ouvir gemidos de dor do mesmo.

— Se encostar em mim de novo ou em qualquer mulher sem a devida permissão dela, eu lhe castro com uma faca cega de cozinha. — Avisou dura, recebendo um aceno de confirmação de sua chefe, que concordava com a fala da mesma.

Afastou-se da mesa e fora até o balcão, onde sua chefe, Hanagaki Zoe* se encontrava, servindo um copo de uísque para um homem de cabelos loiros e roxos - mechas variando de cor -, aos quais estavam presos num rabo de cavalo.

— Você fez bem com ele, Hikari. — Zoe disse, entregando a bebida para o homem. — Aquele bosta não aprende, tem que quebrar alguns ossos na próxima. — Hikari acenou, dando a volta e passando pela pequena catraca, ficando atrás do balcão.

Pode ver sua chefe sorrir e olhar para o homem, eles eram amigos de longa data e formaram uma gangue juntos a alguns anos, até escolherem a dissolver e cada amigo acabou seguindo seu caminho.

Um morreu, dois abriram um ginásio, uma abriu um bar e outro tinha seu próprio negócio de drogas e segurança. Isso era tudo que Hikari sabia sobre Zoe - tirando os membros de sua família - e o homem, ao qual ela sabia que o nome era Wakasa.

— Hikari-chan é gentil demais com esses vermes. — Afirmou o mesmo, deixando a bebida de lado e levando um pedaço fino de madeira aos lábios, talvez um palito? Hikari não sabia e não se preocupou muito o vendo tratar aquilo como se fosse um cigarro.

— Só não estou afim de arrumar confusão hoje. — Afirmou, prendendo os cabelos pretos num rabo de cavalo, deixando amostra uma tatuagem que ela tinha na nuca, feita em conjunto com seu irmão, que as carregava nas costas das palmas da mão. — Posso sair mais cedo hoje chefe? — Questionou, vendo Zoe manear a cabeça e depois acenar em confirmação.

— Amanhã se entra as 19h00 horas, vou abrir mais tarde o bar. — Comentou, servindo bebida para si própria. — Tenho que levar meus irmãozinhos ao cabeleireiro e tirar o loiro horrível de um deles e ajudar a outra a tingir de azul.

My Ordinary Life | Haitani RindouWhere stories live. Discover now