˗ˏ FIFTY ONE.

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Não sabia dizer exatamente se tinha gostado completamente de voltar para o Japão

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Não sabia dizer exatamente se tinha gostado completamente de voltar para o Japão. Eu já tinha me acostumado demais a Alemanha, e já estava com saudades. Mas aqui no Japão tinha uma coisa que na Alemanha não tinha, e isso era motivo o suficiente pra me fazer continuar andando pelas ruas com o coração batendo acelerado depois que finalmente consegui me livrar de Saori. Pelo jeito minha irmã realmente sentiu minha falta! Ela ficou puta por eu não ter levado ela comigo, mas esqueceu disso rapidinho quando dei vários presentes pra ela. Desgraçada interesseira, isso sim!

Agora que eu tinha feito o que minha vó queria e finalmente completado dezoito, era só questão de acertar algumas coisas antes que a empresa da família fosse completamente minha. Talvez fosse por isso que meus pais estivessem me bajulando tanto. Tava irritante pra um caralho, tudo o que eu mais queria era me livrar deles dois. Que porra! Ok, eu não ia deixar eles mofando na rua, mas também ia dar um jeitinho lindo de foder a vidinha boa deles, isso sim. Eles nunca ligaram nem pra mim, muito menos pra Saori, porque eu deveria me importar agora, hein?

Suspirei, esfregando o rosto com força antes de virar a esquina. Devia ter escolhido um caminho melhor, percebi isso no momento que meus olhos deram de cara com Sawako e Satoru. Ah, ótimo, tudo o que eu mais precisava.

Um sorriso malicioso cruzou os lábios dela e eu revirei os olhos, voltando a andar. Não tava com muita paciência pra merdas de uma vadia nojenta, tudo o que eu queria era sair dali logo e seguir meu caminho. Quando fosse o momento certo, faria Sawako se arrepender de ter me desafiado.

-A vadia egoísta enfim retorna!- ela zombou quando passei entre ela e Satoru. Uma mão se fechou ao redor do meu pulso com força. -Ei, sua puta, não dê as costas pra mim!

Não pensei muito antes de me virar e chocar meu punho contra o nariz de Sawako com força. Fazia tanto tempo que não socava ninguém e, nossa! O som disso era libertador, já podia sentir a adrenalina preenchendo cada célula do meu ser. Eu dei risada vendo Satoru arregalar os olhos, sem saber o que fazer. Um puta de um bosta do caralho, parece que algumas coisas realmente não mudam. E eu tinha confiado nele, mas aqui estava Satoru, me provando o quão imbecil eu era.

Sawako gritou de raiva, levando a mão até o nariz que sangrava. Lentamente, me agachei ao lado dela, sorrindo com maldade.

-Toque em mim de novo, e vou quebrar sua mão. - cantarolei, agarrando o queixo dela com força.

-Azumi, para com isso. - Satoru disse, fazendo menção de vir até mim, mas parou assim que meus olhos cravaram nele. Satoru engoliu seco. -Por favor.

Eu ri.

-Você não deveria ter me traído, Satoru. - cantarolei, apertando com força o rosto de Sawako, cravando as unhas na pele dela e a escutando gritar enquanto tentava me atingir, mas pressionei o joelho contra o estômago dela, fazendo Sawako arfar. -Éramos amigos, e você cagou com tudo. Ah, cara, você deveria ter sido mais esperto.

-Não trai vocês, Azumi! Para com essa merda! Você não sabe de tudo, da história inteira!- ele gritou, ignorando a cara de bunda que Sawako fez. Arqueei a sobrancelha

-Nem quero saber. - cuspi antes de olhar Sawako. Ri da cara dela, levando uma mão até o cabelo de Sawako e puxando com força a fazendo gritar de novo. -Sua vadia fraca. Vai se arrepender de tudo o que fez comigo e com Mai, Sawako.

-Isso é uma ameaça?- ela gritou. Eu ri, me levantando e batendo as mãos nas calças pra limpar a sujeira que é encostar nessa piranha.

-Não sou mulher de fazer ameaças. Eu apenas dou avisos. - foi o que disse antes de dar as costas para ambos e voltar a andar, ignorando os gritos de Sawako para que Satoru fosse atrás de mim. Apesar de tudo, sabia que ele não faria nada disso.

No fim das contas, ainda tinha coisa demais a ser resolvida. Mas a primeira seria aquela: acabar com Sawako e Gohan e fazer a Black Goshawk ser de quem deveria ter sido desde o começo.

Dei um suspiro e já estava realmente quase desistindo e indo embora quando a porta abriu e meus olhos encontraram com olhos roxos

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Dei um suspiro e já estava realmente quase desistindo e indo embora quando a porta abriu e meus olhos encontraram com olhos roxos. Wakasa piscou, meio surpreso, meio chocado e eu ri da cara que ele fez.

-Nossa, tô tão feia assim pra você fazer essa cara de espantado?- eu zombei, mas não tive chances de falar mais nada antes dele me puxar para perto de si e me abraçar com força, o que me fez rir. Pisquei os olhos e suspirei, apertando Wakasa em meus braços. -Senti sua falta.

-Eu sei. - ele disse e eu revirei os olhos, dando uma cotovelada nele, o que fez Wakasa rir. Ele se afastou de mim e abri a boca para mandar ele a merda, mas Wakasa me beijou.

Ah, sim, eu tinha sentido falta daquilo, da sensação da língua de Wakasa contra a minha, do jeito que ele me apertava com força contra si. Tinha sentido falta dele.

-Acho que também senti sua falta.- ele disse e eu o empurrei de leve.

Passei os braços ao redor do pescoço de Wakasa, o abraçando contra mim, um puxando para um pouco mais de perto. Tinha se passado tempo demais, e tudo o que eu queria agora era ficar ali, com ele, por quanto tempo fosse possível. No fim das contas, eu sabia que tinha sorte de ter Wakasa na minha vida.

Tudo podia estar um inferno e um caos, mas pelo menos eu tinha ele. E isso era o que importava no final. Eu acabaria de uma vez por todas com todas aquelas merdas em minha vida, e depois...

Bom, depois eu decidiria o que fazer. Isso podia esperar.

Segurei o rosto de Wakasa em minhas mãos, olhando nos olhos roxos dele, aqueles olhos que eu tinha sentido falta durante todos aqueles dias. Eu sorri pra ele.

-Você é um babaca.

Wakasa riu e me beijou de novo e de novo. E é apenas por isso que voltei para o Japão. Apenas por ele. E talvez eu sentisse por Wakasa bem, bem mais do que dizia.

Black Goshawk • Tokyo RevengersWhere stories live. Discover now