Capítulo 87

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— Preciso de um banho quente e de um copo de whisky. — A voz do Gabriel soa entediada. — Temos que acabar logo com isso!

Mal ele termina de falar, um tiro ecoa.

Olho à volta e vejo o Lip próximo à fábrica, com a arma apontada para cima. Vitor está um pouco mais a frente fazendo o mesmo.

Estão destruindo as câmeras de segurança.

— Não podemos deixar o Hugh saber o que está acontecendo aqui do lado de fora — Gabriel explica.

Nate se junta a ele e à Violet. A seguir, Matt, Lucas, Sarah e Thomas aparecem.

Depois de uma breve discussão, Nate liga pelo rádio para a subtenente.

— O esquadrão antibombas está a caminho — avisa assim que desliga.

Pouco depois, por medida de segurança, somos conduzidos para o que os soldados consideram uma distância segura.

Nossos jipes são levados para o limite desse raio de segurança, e os soldados começam a colocar uma fita ao redor do prédio para restringir o acesso.

Assim, se houver alguma explosão, ninguém estará na área de risco.

Apenas o veículo militar que Violet e Mark posicionaram em frente a saída do estacionamento subterrâneo é mantido para dificultar qualquer tentativa de fuga por aquele local.

Não demora muito para outros Soldados trazerem a planta da fábrica e o esquadrão antibombas se apresentar.

O uniforme deles é diferente do dos Soldados regulares, uma vez que o risco associado ao trabalho é muito maior.

— Você me obrigou a sair daquela ambulância — ouço a Mere atrás de mim e me viro. — Mas não volto para lá sem você.

Sorrio para ela, e recebo um sorriso triste de volta.

Ela é sem dúvida a mais sensível de nós, mas continua conosco, lutando contra o medo e fazendo a parte dela.

— Não é nada — digo.

— Nesse momento você é a paciente — Mere rebate, segurando o meu rosto e examinando o ferimento. — E isso com certeza é alguma coisa que merece atenção.

Como não quero contrariá-la e também não faz diferença minha presença enquanto eles tomam as decisões técnicas, ando com ela para a ambulância.

— Está quase acabando — digo na tentativa de animá-la.

—Mas pode acontecer tanta coisa nesse "quase" — Kyle diz, passando o braço a volta dos meus ombros e andando conosco.

— Nada vai acontecer! — Tento fazer a voz não tremer com todas as dúvidas e pensamentos negativos que surgem, e dou um olhar de advertência para o Kyle. — E a Mere vai ter que convidar todos nós para o casamento dela — mudo de assunto para distraí-la.

— Até ele? — ela pergunta, fazendo Kyle resmungar. E então nos dá um sorriso lindo e esperançoso. — Eu estou brincando, vou até convidar você para ser minha madrinha junto com a Emily.

Sorrio com a ideia.

— Só aceito se eu puder escolher nossa roupa — Kyle diz presunçoso.

— Vou pensar nisso — Mere responde abrindo a porta da ambulância.

Sento-me e ela pega a bandeja que já estava preparada com o material para o curativo.

— Nós vamos ter até a mesma cicatriz. — Rio e balanço a cabeça para o Kyle. — É melhor que a mesma tatuagem.

A Resistência | Coroa em Chamas (Livro 3)Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum