Passageira Fantasma

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Para um motorista solitário, nada melhor do que alguma companhia; e foi isso que um viajante comerciante encontrou indo pela rota 11 na altura do cemitério Codegua, no caminho de Santiago no Chile.

*****

O homem dirigia seu carro, indo para uma viagem de negócios como denunciava seu terno ajeitado e foco na estrada. O rádio estava ligado, dizia algo que ele não prestava atenção, podia ser a previsão do tempo ou algo assim. O fato é que já estava farto daquele falatório todo com chiado de estática, e vez ou outra ele bocejava de cansaço, a exaustão padrão de funcionários que são transferidos da noite para o dia e precisam pegar a estrada às pressas para resolver tudo com a empresa.

Inclinou-se para frente afim de ajustar o volume de seu rádio. Quando voltou suas costas ao acento, percebeu na estrada o primeiro sinal de vida em quilômetros, desde que pegara tal rota. Uma bela mulher de vestido longo, batom e cabelos loiros quase que tão brancos quanto suas vestes. Ela encontrava-se em frente ao cemitério Codegua, e naturalmente ele ofereceu carona. Além de ser perigoso a idéia de uma mulher andando por aquelas bandas tais horas da noite desacompanhada, ele podia (e queria) alguém ao seu lado nem que fosse para quebrar o silêncio da estrada por breves momentos.

A mulher entrou no carro, sentando ao seu lado e o encarando com um curto sorriso de agradecimento, logo retraindo seu olhar para a janela enquanto o carro continuava a se deslocar.

   A mulher entrou no carro, sentando ao seu lado e o encarando com um curto sorriso de agradecimento, logo retraindo seu olhar para a janela enquanto o carro continuava a se deslocar

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Curioso, ele quis saber o que aquela jovem fazia sozinha, à noite, pertinho do cemitério.

- Vim visitar uma pessoa que gostava muito. - disse ela.

O homem não fez mais questões justamente para respeitar o espaço dela, seria indelicadeza. Então prosseguiram em seu destino.

Meia hora depois, a passageira chegou ao seu destino: uma casa próxima da estrada, a única que vira havia muitos quilômetros. Parou o carro. Sorriu de olhos fechados em agradecimento ao homem pela carona, e saiu.

   Ao sair, esqueceu o seu lenço no carro

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Ao sair, esqueceu o seu lenço no carro. Ele a chamou para devolver, mas a menina tinha desaparecido. A menina tinha estrado na casa.

 A menina tinha estrado na casa

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Decidiu ir até lá.

A noite era silenciosa, naturalmente todas as portas e janelas estavam fechadas. Ele bateu e esperou. Quem o atendeu foi uma senhora mais velha, que por uma fração de segundos demonstrou ter traços característicos com a moça para quem havia oferecido carona instantes atrás. Ele esticou o lenço para a senhora que o apanhou, e disse:

- Onde você arrumou isso? Era da minha filha. - passou o tecido pelo rosto enquanto uma lágrima lhe percorria os olhos antes de concluir sua frase - Ela morreu faz mais de quarenta anos.

 - passou o tecido pelo rosto enquanto uma lágrima lhe percorria os olhos antes de concluir sua frase - Ela morreu faz mais de quarenta anos

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O homem esbugalhou os olhos, engoliu em seco. Gritou e correu aos tropeços para seu carro, saindo com uma arrancada. Enquanto ele tomava velocidade pela estrada observando o retrovisor, com medo de estar sendo seguido por assombrações, a jovem uma segunda vez apareceu em seu caminho.

Em completo pavor tentou ele desviar da mulher parada no meio da estrada e acabou capotando o carro ao fazer isso.

*****

Essa história é absolutamente verdadeira. Todos os anos, no aniversário de morte da menina, algum pobre coitado encontra seu destino na desolada estrada Codegua.

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Eu adorei escrever esse conto! Foi um dos meus favoritos por aqui até agora. O que "cê" tá esperando? Senta o dedo na estrela pra apoiar a obra!

E não aceitem e nem dêem carona a estranhos 👻☠️.

Fantasmagorias: Lendas Urbanas e MitosDonde viven las historias. Descúbrelo ahora