Tripping out, spinning around

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BEM VINDOS!

A capa foi editada por Pacolte, encham a lenda de amor! Obrigada vida, por tudo!

Boa leitura!

Nos vemos nas notas finais!

1 — Tripping out, spinning around

Draco POV

Era uma vez...

Um lugar mágico, diferente de todos os outros já vistos no mundo.

Eu não sabia ao certo se era um sonho, uma alucinação ou se realmente aquilo era real, possível e aceitável.

Magia, coelhos falantes, lebres que bebem chá, gatos que sorriem e chapeleiros malucos.

Mas em um instante, eu estava em minha festa de noivado, entediado e a beira do pânico.

Uma grande festa, com pessoas importantes. Eu deveria pedir a mão de Astoria, uma garota bonita, de família rica e bem apessoada, e esse casamento iria gerar herdeiros lindos, e uma aliança comercial entre as duas famílias.

O fato é que... Eu não queria me casar com Astoria.

E sabia que Astoria não queria se casar comigo.

Sempre fomos melhores amigos, desde crianças. Estávamos sempre juntos, nos divertíamos, sempre saíamos e nos dávamos incrivelmente bem.

Mas jamais sentimos qualquer coisa diferente um pelo outro. Esse casamento não iria funcionar, mas nenhum dos dois tinha qualquer coragem de dizer isso para nossas famílias, e arruinar o sonho de todos eles.

Mas no instante em que meu pai tocou meu ombro, dizendo ser a hora, e todos na festa começaram a marchar para o bonito jardim onde deveria fazer o pedido, simplesmente me vi apavorado e comecei a correr.

Correr, para longe, pra a floresta ao redor daquela propriedade bonita, me distanciando o máximo que pude, até perder o fôlego e não ouvir mais ninguém gritando meu nome.

Me sentia frustrado, desde a morte de minha mãe porque sabia que ela jamais me obrigaria a casar daquela forma, sem amor ou vontade. Jamais me forçaria a fazer algo que não queria por causa de dinheiro e negócios tão vazios.

— Atrasado! Você está atrasado! — Me virei depressa, prestes a dizer que não queria voltar, mas ao olhar ao redor, não havia ninguém ali.

— Quem está ai? — Perguntei, assombrando ao olhar entre as árvores, e a única coisa que achei foi uma pelúcia de um coelho vestindo roupas formais.

Me abaixei, ajoelhando próximo do animal para apanhá-lo, e foi quando os grandes olhos piscaram, e o bicho torceu o focinho.

— O que está olhando? Vamos, você está atrasado garotinho! — Disse ao se mover, e eu fiquei congelado por um instante ao processar que aquele coelho realmente estava falando comigo.

Eu teria desmaiado sem notar? Batido a cabeça com força?

— Vamos! Depressa! — A voz do animal ecoou pela floresta, e naquele instante já não importava mais o casamento de onde estava fugindo.

Apenas queria me apegar em qualquer coisa que me tirasse daquele lugar, e não cedi para o medo ao tropeçar em meus próprios pés.

— Espere! — Virei, gritando quando o coelho adentrou em uma toca, em uma árvore muito grande e torta, que se espalhava por aquele bosque com raízes enormes e aparentes pela terra.

Haveria uma toca repleta de coelhos falantes e apressados? Perguntei-me, no auge da loucura antes de adentrar ali, afastando galhos e folhas do meu redor.

Draco in WonderlandOnde histórias criam vida. Descubra agora