Eu Te Quero (Jeon Jungkook)

Limites

"Sinto ciúmes de tudo o que é meu, e de tudo o que eu acho que deveria ser."

Bob Marley

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Minha boca abria e se fechava milhares de vezes, contudo nenhum som saia, aliás como poderia sair, Jungkook parecia que poderia me quebrar ao saber oque eu usava era uma lingerie, mas não me importava com aquilo e sim sobre o fato de cada vez que eu piscava ele estava a cada segundo mais perto de mim. Fechei meus olhos quando sentir suas delicadas mãos sobre minha cintura e quando percebi estava presa entre seus braços.

Poderia descrever a sensação enigmática que ele me trazia apenas com aquele contato tão quente e gostoso, seu cheiro estava um pouco mais doce que o normal e percebi que ele mudou a fragrância de seu perfume apenas para me enlouquecer, sabia certamente que Jungkook tinha um objetivo ao prender-me em seus braços. Uma fricção gostosa ocorreu entre seu peitoral e meus seios pequenos fazendo um arrepio percorrer meu corpo.

— É muito feio ouvir a conversa dos outros. — minha fala saiu embargada pelo desejo incontrolável que sentia, no entanto, uma risada gostosa saiu de seus lábios e parecia que ele tinha uma boa resposta para me dar.

— Você também ouviu a conversa de seu pai comigo, lembro que até mesmo gravou uma frase minha a qual te chamei de menininha. — mordeu os lábios inferiores olhando diretamente para cada detalhe de meu rosto me causando um misto de sentimentos. Entretanto, mesmo que minha vontade fosse de o agarrar pelos cabelos e atacar aquela boca gostosa me contive.

Contive porque as provocações estavam apenas começando e sabia que quem iria perder a paciência era ele, o amigo de meu pai me apertou com mais força fazendo um arfar sair de meus lábios e quando percebi minhas mãos já estavam sobre seu peitoral duro e suculento. Eu desejava que ele estivesse sem camisa para apreciar o toque de sua pele macia, mas a única coisa que conseguia sentir era seu coração batendo de uma forma absurda assim como o meu estava.

Meus lábios se secaram quando percebi aquilo e pela primeira vez tive a sensação que causei aquilo no mais velho, o pobre asiático ainda esperava minha resposta, mas devido ao meu silêncio ele se aproveitava para olhar cada parte de meu rosto.

— Pensei que fosse mais responsável Jeon, ouvir as conversas de menininhas que não sabem nem ao menos oque é sexo, é muito feio. — ele mordeu os lábios com aquela pequena provocação.

E por mais que naquele momento uma ideia de me soltar daquele corpo passasse por minha cabeça sendo parte da provocação, eu não queria, acima de tudo estar entre os braços daquele homem era gostoso demais para larga. Me sentia protegida e desejada a cada minuto que se passava, o clima entre nós era tão quente que me sentia no inferno. E desejava que estivesse bêbada naquele momento, apenas para ter a coragem de o beijar sem se importa com as consequências.

Contudo, o fato dele ser certinho demais fazia com que  tivesse a certeza que ele não iria me beijar caso estivesse embriagada. Jungkook era um tremendo cavaleiro e sabia que não se aproveitaria daquela situação.

— Meu objetivo era entregar as batatinhas quando subir o primeiro degrau, contudo foi impossível não ouvir meu nome quando coloquei meus pés no corredor. — minha falta de ar se fez presente a ponto de imaginar dele ter ouvido tudo.

— Você ouviu tudo? — a pergunta fez ele sorrir.

— Você nunca saberá Angeline, pois não falarei nada. — filho da puta! Aquilo foi o motivo para me separar de seus braços e ir andando até a cozinha puta demais.

Odiava quando ele me colocava em caminhos assim, ele sempre me deixava confusa com sua ambiguidade. Aproximei-me do armário e o abrir logo em seguida vendo o pacote de batatinhas alto demais. Ele literalmente colocou aquilo naquele lugar apenas para eu pedir sua ajuda, olhei para trás vendo um sorriso sórdido em seus lábios, contudo minha inteligência foi maior e peguei a cadeira que ficava na mesa aonde coloquei perto do armário subindo e pegando as batatas.