Momento Estranho...

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As coisas com Tommy saíram um pouco do controle, mas eu estava feliz, com todas as coisas que aconteceram em minha vida, Thomas estar aqui deitado ao meu lado se tornou algo necessário.

- Quanto tempo pensa em ficar me observando dormir? – Ele pergunta com os olhos fechados ainda.

- Eu estava pensando em ficar até você acordar, mas já que acordou... – Começo a me levantar e ele abre os olhos.

Visto um roupão de seda e vou em direção ao banheiro.

- O que vai fazer hoje? – Pergunto a ele.

- Ontem Isaias me contou que homens chegaram em Birmingham... E por coincidência eles chegaram bem no dia que a sua casa pegou fogo! – Quando estas palavras saem da boca de Thomas meu corpo inteiro treme.

- Sabe o nome? – Falo pegando um cigarro de sua carteira.

- Pensei que não fumasse!? E não, ainda não sabemos quem são!

- E não fumo! – Falo tragando a fumaça.

Vou até a banheira e a ligo.

- Quero os nomes quando você descobrir!

- Ellie eu entendo esse seu instinto de querer vingar sua avó, mas você está sozinha sem mim, então nos deixe ajudar você, você não vai conseguir sozinha e sabe disso! – Thomas se levanta e vem até mim.

- Eu quero matar todos! Me prometa Thomas, me prometa que quando chegar a hora eu vou puxar o gatilho! – Falo segurando seus ombros.

- Eu prometo Ellie! – Ele encosta sua testa na minha e encosta nossos lábios.

Quebra de tempo...

Já na loja, começo a secar as folhas de algumas ervas enquanto limpo algumas prateleiras, até escutar o som da campainha da loja tocar.

- Bom dia como posso ajudar? – Pergunto indo em direção a pessoa.

- Você é a senhora Carmela? – O homem com mais ou menos cinquenta anos, talvez mais velho pergunta.

- Não, desculpe, ela esta ausente por algum tempo, mas se precisa de alguma coisa...

- Eu... Estou com um pouco de dor de cabeça... – O homem fala um pouco de lento como se estivesse tentando encontrar a dor que talvez exista.

Me viro para pegar um frasco com folhas de hortelã moída.

- Coloque duas colheres de chá e dissolva em 150 ml de água quente. – Falo entregando o frasco.

- Obrigada senhorita? – Ele coloca a moeda no balcão e espera a minha resposta.

- Ellionor!

- Ellie então... – Ele apenas acena com a cabeça e sai.

Acho meio suspeito o jeito que o homem me abordou, mas decido deixá-lo ir sem mais perguntas, mas mesmo assim ficarei atenta para o que pode passar por aqui.

O resto do dia eu atendi apenas crianças que se machucaram brincando e mulheres viúvas que não conseguiam dormir.

- Obrigada senhora Shelby! – O menininho fala saído da loja todo contente depois de ganhar uma bala por não chorar enquanto eu limpava seus joelhos ralados.

Enquanto eu guardava os remédios na prateleira a porta se abre mais uma vez.

- Um minuto por favor! – Falo terminando de guardar e lavando minhas mãos.

Quando me viro vejo a Polly com um sorriso malicioso no rosto.

- Aconteceu alguma coisa Polly? – Pergunto.

- Bom me fale você? – Ela se apoia no balcão.

- O que quer dizer Polly?

- Quero dizer que quando fui esta manhã até a casa de Thomas a governanta me disse que o senhor Shelby não tinha dormido em casa, quando chego na empresa ele estava um tanto quanto peculiar agindo de forma gentil eu diria e agora antes de entrar aqui escuto uma criança chamar você de senhora Shelby! O que eu perdi?

- Hahah as crianças são tão engraçadas não!? – Falo um pouco envergonhada.

- Então se Thomas não estava com você ele deve ter dormido com a Lizzie ou com a Grace... – Polly fala tentando me fazer cair em seu golpe, mas precisa mais do que isso.

- Até pode ser, não sei, eu e Thomas não estamos nos falando tanto... – Tento desviar de suas tentativas de ciúmes.

- Hahaha, eu até acreditaria se não fosse pelo fato de ver você e Thomas aos beijos no dia em que perseguiram você, não só isso, vi como Thomas olha pra você, como ele protege você e como fica com aquele maldito sorriso de canto quando escuta você chegar! – Sua voz e calma e com um toque de ironia.

Ela percebeu que me afetou, mesmo que eu disfarce.

- Hahahah, aí querida parece que eu peguei você, eu sabia! Sabia que você e o Tommy estavam juntos, como foi? Mas Tommy este estranho então o que aconteceu? Conte-me tudo!!! – Polly foi até a porta e a tranca.

- Vamos fazer um chá e você vai me contar tudo! – Ela pega meu braço e entra na casa da dona Carmela.

Ela faz o chá enquanto eu conto as coisas que aconteceram entre mim e Tommy, claro sem os detalhes, Polly apenas ri de todos os acontecidos e diz que tudo deve ter sido obra de Thomas e Arthur, apenas rimos da situação, comemos e depois ela foi embora.

Até pensei que Thomas viria esta noite, mas durante a conversa com a Polly ela me disse que tanto Thomas quando Arthur e John saíram para resolver alguns problemas em Londres então nem me preocupei tanto e como a viajem para Londres não é tão perto acredito que eles ficaram fora de Birmingham por pelo menos dois dias.


"Oii meu raios de sol! como vocês estão? espero que estejam bem, desculpa a demora para o próximo capitulo, as coisas estão bem turbulentas esta semana, mas vou atualizando a história quando possível!"       - Fiquem bem! 

A Feiticeira De BirminghamWhere stories live. Discover now