Hydra - Novas Espécies [L4]

CAPÍTULO 38

PDV. HYDRA

Não é tão ruim assim.

Posso jurar a você que estava tudo indo muito bem até que senti o frio correr em minha veias.

Parecia que meu corpo tinha começado a congelar de dentro pra fora sem falar das horríveis dores e tremores que sentia.

Minha audição está uma bagunça não consigo identificar se o som vem de dentro ou de quilômetros longe daqui.

Meu olfato tinha me abandonado e tudo Parecia ter o mesmo cheiro, não consigo abrir meus olhos a única coisa que posso fazer é sentir.

Quando resgatada e trazida pra Homeland passei por psicólogos, psiquiatras e tudo que se pode imaginar de médicos que cuidam da doença mental.

E todas as vezes que faziam perguntas sobre a instalação na qual eu ficava minha cabeça simplesmente da um branco e não sei dizer nem qual é a cor das parede da cela que ficava.

E todos dizem a mesma coisa que o trauma foi grande demais e meu cérebro está tentando me proteger daquilo que eu sei que já passei.

A minha lembrança mais antiga daquele lugar é dos olhos do papai e seu carinho comigo.

Não consigo me lembrar de nada que não tenha meu pai ou minha mãe, era como se sem eles eu não existisse.

Sinto um desconforto por todo meu corpo e começo a gritar de dor, todo o frio tinha sido substituir por calor um tão forte e grande.

Foi quando a primeira lembrança me atingiu em cheio.

Um lugar branco com muitas grandes consigo sentir o cheiro de sangue e um peso no meu pescoço.

Mais tudo isso muda pra um lugar cheio de árvores consigo ver tudo e me sinto livre.

A dor fica cada vez mais intensa e sinto quando alguém me toca parecia fogo me tocando e em resposta eu rosno.

Parecia que alguma coisa está faltando me sinto incompleta um cheiro vem em minha memória.

Amadeirado e picante.

Um belo par de olhos verdes e cabelos em tons de cobre, uma certeza que nunca tive em minha vida me esmagar.

Ele é meu!

PDV. MARIKO

Eu acho que deveria ter dado mais pré-dose mas logo descarto essa ideia, Hydra não vai sobreviver apenas de pré-dose elas são paliativos.

Algo pra adiar o fim não pra dar uma solução permanente, por mais que me dói ouvir seus gritos, rugidos e gemidos a única coisa que me conforta agora é saber que é pro bem dela.

Só fiquei surpresa com o desmaio de Oliver assim que deixamos o quarto de Hydra, sabia da ligação deles e estou estudando isso a fundo desde que Hydra marcou ele.

- Ele está bem?- Ravi me pergunta.

Oliver parecia sofre e seu corpo queimava de febre.