Four.

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-Mãe, estou voltando para casa- digo ao celular vendo os andares do elevador descerem.

-Okay filho, estarei no meu quarto. Qualquer coisa peça a Olívia.

-Tudo bem...- falo cansado.

Hoje o dia foi bem exaustivo, tive uma reúnião de quatro horas com empresários, investidores e administradores para convence-los a assinar um contrato comigo, para abrir uma filial aqui.

O elevador abre e eu continuo com o telefone no ouvido, esperando o que minha mãe fazer a tal pergunta:

-Deu certo meu filho? Eles assinaram?- perguntou ansiosa.

-Sim mãe. Abriremos a loja em torno de 8 meses. Na próxima semana começará a compra do terreno e etc.

-Ah que bom Bailey!

-Sim mãe. Agora eu preciso desligar. Bye.- desligo o aparelho e o ponho no bolso.

Caminho até o estacionamento e ligo o carro, saíndo do local em seguida.

Me sinto estranho, algo esta me incomodando.

Talvez seja o fato de que meu mês aqui nas filipinas esta acabando.

Ou que Shivani esta a três dias de se casar.

Talvez os dois.

Minha mãe esta com a esperança de ficarmos aqui por conta dessa nova loja que irei abrir. Sinto muito ter que decepiona-la.

Não aguentaria ficar aqui e conviver com Pali casada.
Provavelmente terá filhos - lindos - e viverá feliz, enquanto eu...

Acho que terei que superar. Se é que é possivél.

Também à outras coisas, como que a minha empresa principal sempre estará em L.A.

Meu celular vibra e eu paro no sinal. Ele continua.

Pego ele do bolso, imaginando ser mamãe. Acho que ela esqueceu de falar algo.

Gostaria que fosse ela, mas não era.

O nome "Victória" brilhava na tela.

Porra. Por que diabos não bloqueei esse número?

Digamos que Vick é uma boa pessoa, mas me gerou breves traumas.
Alguém pocessiva no meu pé era tudo o que eu menos precisava.

Eu penso em atender mas não. O sinal abre e eu jogo o celular no banco do passageiro. E ele desliga logo depois.

Victória provavelmente não me trará problemas. Ela não sabe que eu estou em outro país. Esta correndo atrás de mim por um claro motivo, quer voltar.

Não tem o que voltar, nunca passamos de beijos.

Continuo dirigindo mas estaciono em frente a um restaurante. Estava morrendo de fome e já tinha passado da hora do almoço.

O ambiente iluminado e familiar era agradavél. O cheiro da comida italiana, que fazia parte do cardapio de hoje, cheirava longe.

A cozinha era aberta assim todos os clientes podem ver o preparo da comida. Já vim aqui muitas vezes e sempre fui muito bem tratado.

Eu me sento em uma mesa e a atendente me pergunta o que vou querer para comer.

Pedi o classico Raviolli. Estava maravilhoso.

Quando chego em casa, tomo um banho e assisto uma série na Netflix.

-Filho? Nem te vi chegar.- disse minha mãe na porta do meu quarto.

Sofrendo Calado • Shivley MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora