Tudo se iniciou em Chicago, havia um tempo em que o Governo procurava, incansavelmente, pela cura do câncer. Vacinas, remédios, terapias. Tantas e tantas maneiras e descobertas que poderiam realmente dar certo, infelizmente, uma das vacinas mais rec...
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S/n p.o.v Chicago - 17:42 pm EUA
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Era questão de tempo até eu encontrar alguém vivo, mas vivo de verdade. A flecha que acertou a cabeça da moça foi atirada por uma garota, ela estava um pouco distante de mim, segurava seu arco com precisão.
Não sei para onde olhava, se pra ela ou para a moça morta caída na minha frente. Foi tudo tão rápido que eu ainda demorei alguns segundos para cair na real. Pela primeira vez desde que saí do hospital, encontrei alguém que podia falar comigo.
Alguém que não fosse estranho.
- V-você matou ela. - Disse mais a mim mesma do que para a garota de franja.
- Se liga, ela já estava morta e estava doída para arrancar um pedaço da sua pele. Precisa tomar mais cuidado por onde anda se não quiser morrer.
Sua voz era fina e firme ao mesmo tempo, intimidadora até demais, se não fosse pelo susto e pelo desespero eu com certeza não deixaria ela falar assim comigo.
- Arrancar um pedaço da minha pele? - Não faço ideia do que ela quis dizer com isso.
A garota sorriu em tom de deboche e se aproximou de mim ao colocar seu arco nas costas.
- Pelo visto você não faz ideia do que está acontecendo, né? - Analisou meu estado sem precisar ficar tão perto - Eu sou a Wheein, por acaso você está perdida?
- A-ah, S/n... Meu nome é S/n. Eu não estou perdida, minha casa era aqui, eu estava no hospital em coma e só acordei hoje. Aliás, sabe que dia é hoje?
- Que péssimo, um coma em tempos assim é a pior coisa. - Ela sorriu e desviou seus olhos para o céu - É 4 de julho.
- 4 de julho??!
Mas que merda, fiquei um mês desacordada no hospital, é claro que muita coisa aconteceu de lá pra cá. Tanto tempo e eu me sinto perdida, completamente perdida.
- Olha, eu não sei pra onde você pensa em ir, mas é melhor não ficar sozinha, pode me acompanhar se quiser e eu vou te contando tudo o que precisa saber. - Sinto que posso confiar nela, mas se meu pai disse que eu não devo confiar em ninguém, estou fazendo a coisa certa?
- Estou indo procurar meus pais no Norte, eles disseram que o exército levou muita gente pra lá.
Pela cara que Wheein fez eu podia imaginar que falei alguma besteira, odeio quando as pessoas me tratam assim, mas ela parecia saber muito mais que eu e preciso aprender algumas coisas. Ficar mais atenta. Saber o que realmente está acontecendo aqui.
