Poucas coisas deixam Annelise Scott tão feliz quanto estar com a sua família e seu amor incondicional pela pintura. Na escola, ela não se importa com os rótulos superficiais e as idiotices que todos os adolescentes fazem em busca de um lugar ao sol...
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— Regras?! — a boca de Jason se retorquiu em uma risada — Isso é sério, Annelise?
Voltei a me sentar na cadeira, o olhando com a cara fechada.
— E por que não seria? Eu não confio em você, Jason Collins, o que nós estamos fazendo aqui é estritamente profissional. Por isso, haverá uma criteriosa lista de regras a serem seguidas à risca, sob pena de aumentar o valor do meu pagamento — ao ouvir isso, as sobrancelhas dele se ergueram — A cada regra que você quebrar serão cem dólares a mais.
— Eu não concordo — ele arquejou enquanto se sentava na cadeira ao meu lado — Isso é extorsão.
— Não, isso são negócios — eu destampei a caneta e escrevi "regras" em uma letra bem grande no alto de uma folha do caderno, um pouco embaixo completei com "do namoro falso" em tamanho menor — Caso não esteja de acordo, pode procurar outra garota para o seu plano de virar capitão do time. Que tal aquela que estava se esfregando em você ontem à noite no Dimmy's? Acho que ela aceitaria virar a sua namorada até de graça.
Jason revirou os olhos azulados, bufando.
— Tá bom, a cada regra que eu quebrar serão mais cem dólares. Mas, e quando você quebrar uma regra? O que vai ter que fazer?
— Nada — respondi convencida — Eu não vou quebrar regra alguma, sei ser profissional quando preciso e confio em mim mesma, diferente de você.
— RÁ! — seus lábios desenharam um sorriso irônico — Que modesta! Mas, não estou de acordo com isso. Se eu quebrar uma regra tenho que pagar cem dólares e se você quebrar uma regra vai ter que fazer algo que eu queira.
— Nem ferrando — retruquei, lançando lhe meu melhor olhar de ódio — Quer saber? Vai embora da minha casa agora, fim do acordo! — eu apontei bruscamente para a porta de entrada.
— Tá bom! — Jason desistiu, acho que ele percebeu que eu não iria dar o braço a torcer naquele quesito — Tudo bem, você é perfeita demais para pisar na bola, eu já entendi — disse com desdém — Então me diz logo quais são essas benditas regras para eu me certificar de que posso ao menos respirar ao seu lado sem ter que te pagar mais cem dólares.
Mostrei lhe minha língua enquanto anotava a primeira regra no papel, virando para que ele lesse.
— "Proibido colocar a mão na bunda da Annelise" — seus olhos se arregalaram — Mas que diabo de regra é essa? Se esqueceu que vamos fingir que estamos namorando?
— E para isso você precisa se aproveitar de mim? — franzi o cenho, impaciente — Não quero a sua mão encostando na minha bunda e sem discussão ou vai para fora agora.
— Você é uma ditadora — ele murmurou enquanto se recostava na cadeira com os braços cruzados — Annelise Stalin Bonaparte César, A grande.
