011.

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𝐄 𝐌 𝐌 𝐀
point off view

Acordo me sentindo-se revigorada. Me levanto e me espreguiço.

Uau, eu dormi super bem. Eu já quase me esqueci de tudo o que aconteceu há duas semanas. Quase.

Pego o meu celular para ver que horas são. São 11h da manhã. Assim que eu estou com ele nas mãos, ele começa a vibrar.

Ah, é meu pai.

Ligação on.

— Ei. — Falo.

— Oi, filhota. Como você está? — pergunta meu pai do outro lado da linha.

— Eu estou bem. Nem ótimo, nem péssimo.

— entendo. Tudo bem com as aulas? E o trabalho?

— Sim. Nenhuma novidade. — Há um momento em silêncio e ele tosse.

— Bem, o seu avô está dizendo oi. Ele está indo comprar um café.

— Sério? Com quem?

— Ele não quis me dizer. Disse que era segredo.

— Hum. Gostaria de saber o que ele está aprontando.

— O Ron está mandando um oi. Eu vou indo, tenho umas coisas importantes para fazer. Mas queria saber como você está.

Sinto uma pontada de pânico em meu estômago quando pensa em Ron. O suor surge em minha testa.

— Obrigada por ter me ligado.

— Eu te amo, Emma. Liga na próxima semana, quero saber como as coisas estão indo.

— Ligo sim. Também te amo, pai. — desligo e caio na minha cama.

Ligação off.

Aff! Odeio ter que mentir para o meu pai.

Me levanto e me visto. Enquanto visto meu uniforme de trabalho, suspiro.
É melhor eu ir pro trabalho.

[...]

Vou para padaria da Billie, já usando o avental e pronta para começar.

Entro, mas a padaria está vazia, exceto por uma pessoa que usa um laptop e uma das meninas do caixa. Aceno para Jessica, minha colega de trabalho. Ela olha para cima e sorri.

— Ei, Emma.

— Oi — digo com um sorriso no rosto. — Que bom te ver.

— Igualmente, gata. A Billie queria falar com você.

— Ok. Obrigada. — Vou para o fundo da padaria e vejo Billie organizando algumas panelas embaixo do balcão.

— Ok,Emma. Chegou bem na hora. — Ela se levanta e dá uns tapinhas na roupa, fazendo uma pequena nuvem de poeira na cozinha. Billie é alta, negra e seu cabelo é liso e bem curto. — Então, eu vou estar muito ocupada e não vou conseguir preparar as coisas na próxima semana, tenho alguns assuntos de família para resolver.

— Sinto muito. Algo sério?

— Não, mas tenho que visitar minha mãe. Eu estava pensando se você não pode entrar mais cedo para ajudar no preparo das comidas.

— Claro que sim. Isso não é problema nenhum.

— Não deixe de seguir as minhas receitas! Uma pitada a menos de qualquer ingrediente e eu saberei! — Ela sorri, colocando as mãos na cintura. Eu solto um sorriso.

— Tenho certeza de que vai ficar tudo bem. Eu sei me virar bem na cozinha.

— Muito obrigada, Emma. Se você conseguir chegar às 6h, a Jessica pode cobrir seus horários do dia.

Volto para a entrada e organiza algumas coisas na vitrine.

— Algum donut? — Posso reconhecer a voz de longe. Vinnie.

— Vinnie! Eles ainda estão sendo preparados. — Ele se inclina para trás, dando uma olhada nos doces da vitrine.

— O que tem de bom?

— Eu recomendaria o muffin de banana.

— Parece estar uma delícia. Um café grande também, por favor. Venha, sente aqui comigo. — Sorrio para ele suavemente enquanto balança a cabeça.

— Acabei de começar a trabalhar, mas valeu pelo convite.

— Eles não te dão intervalo? — Jessica olha por cima do tablet e sorri.

— Vai lá, tira 15 minutos. Eu te cubro. — Diz Jéssica.

— Obrigada. — Me viro para Vinnie, colocando o pedido dele no balcão. — Nós não costumamos ter muitos clientes às sextas-feiras.

— Percebi.

Sentamos em uma mesa vazia e ele começa a devorar o muffin junto com o café.

— Uau. Isso está bom demais!

— Eu disse. — Ele lambe os lábios e eu apoia o queixo nas mãos. — Então, o que traz você aqui em uma sexta-feira? Nenhuma festa hoje?

— Sem chance. Acabei de estudar para uma aula, vamos começar um projeto em breve. Eu estava passando de carro e pensei em parar aqui. Como você está indo? 

— Estou bem, na medida do possível.

— E como vão as coisas com o Jake? — Solto um suspiro enquanto viro minha cabeça em direção ao balcão.

— Estamos apenas compartilhando o mesmo teto. Eu decidi não contar nada para o meu pai, vou ver no que dá. Eu consegui evitar todos do chalé, felizmente. Não tenho nenhuma aula com eles.

— Acho que você já sabe, mas esse cara é um idiota.

— Ele é apenas um capacho da Bianca.

— Bem, ele não deveria ser. Eu acho que ele sabe disso.

— Acho que algum dia ele vai acordar e enxergar a realidade do relacionamento deles. Eu só não sei quanto tempo vai levar.

— O quê? Você acha que ele vai voltar para você quando eles terminarem? — Fico em silêncio por um momento enquanto olha para o chão.

— Eu não disse isso.

— Eu sei que você gosta dele e não estou dizendo isso para ferir seus sentimentos, mas ele não vai acordar um dia e perceber que ele te amou a vida toda. Não é um conto de fadas.

Eu não estou conseguindo processar muito bem meus sentimentos. Por um lado, o jake é meu amigo de infância, e eu realmente senti uma conexão forte com ele. Por outro lado, ele foi horrivel comigo.

Vinnie olha para mim, estudando minha expressão de perto. Luto para manter minha expressão neutra enquanto ele dá outra mordida no muffin.

— Bem, quando você recobrar o juízo, eu posso te ajudar a encontrar um lugar para morar. Quanto mais tempo você ficar naquele apartamento, mais difícil será para você sair de lá. — fala Vinnie.

— Eu sei. Eu vou decidir tudo logo.

Continua...

Continua

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𝗧𝗲𝗻𝘁𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗗𝗼 𝗗𝗲𝘀𝘁𝗶𝗻𝗼. | 𝗩𝗛Where stories live. Discover now