Run

1.1K 141 35
                                    

Sheilla caiu na estrada sem nem pensar duas vezes. Foi difícil acelerar, o tráfego impedia qualquer um de aumentar a velocidade nas partes mais movimentadas da cidade, mas de alguma forma, ela conseguiu ultrapassar todos os carros que estavam próximos, desviando, entrando, pegando um atalho, saindo do tráfego.

– Quanto ele pegou? – Sheilla perguntou, enquanto virava em uma rua lateral para evitar mais engarrafamento.

– Tudo na conta – Gabriela disse, segurando a alça da porta enquanto a morena desviada de outros carros.

Sheilla olhou rapidamente para o lado. – Quanto?

Gabriela se mexeu no seu acento, parecendo muito desconfortável. – Toda a primeira parte do seu pagamento.

Bateu em Sheilla que Gabriela não tinha nenhum dinheiro além do que Sheilla tinha pagado a ela, isso deixou a mente dela em um turbilhão de pensamentos e coisas para refletir. Mas isso teria que ficar para mais tarde, toda a sua atenção estava em ter que evitar colisões em outros carros e pegando atalhos para o aeroporto.

O tráfego só piorava à medida que elas se aproximavam do aeroporto, onde empresários e turistas estavam tentando chegar até os portões. Em torno no edifício, o estacionamento estava lotado e Sheilla não perdeu tempo tentando achar uma vaga. Ela pegou a estrada que levava até o ponto dos taxistas do aeroporto, ela viu Gabriela começar a acenar com a cabeça, com o canto do olho.

– Bom, me deixa aqui e eu vou entrar para procurar ela, enquanto você tenta estacionar o carro.

Sheilla olhou bruscamente para ela. – Você quer entrar lá e procurar ela, sozinha? Não vai rolar, Gabriela. Eu vou entrar com você.

Gabriela fez uma careta para ela. – E onde você planeja estacionar o carro?

Sheilla respondeu parando o carro em um espaço que tinha acabado de ficar livre. Bem na área dos taxistas, ela ouviu gritos e buzinas de todos os taxistas parados no local e os que estavam chegando. Um dos motoristas até mesmo deixou o carro e começou a andar até elas. – Vamos. – Sheilla disse bruscamente. – Antes que esse exército de taxistas devore nós duas vivas.

Gabriela quase sorriu enquanto elas desciam do carro e começaram a correr em direção a entrada do aeroporto. Já na parte de dentro, o hall de entrada estava cheio de pessoas arrastando suas enormes malas de rodinha, em todo o lugar, esperando ser verificados por uma fila de funcionários do aeroporto sentados em suas cabines. Sheilla franziu a testa, olhando para toda a multidão. – Isso pode ser um pouco complicado.

– Eu tenho certeza que pode. – Gabriela disse, ironicamente. Ela passou a mão por seus cabelos, seus olhos estavam mostrando todo o estresse da situação. Ela andou até o painel que mostrava todos os voos que estavam chegando e saindo. Sheilla andava fielmente ao lado de Gabriela, olhando os voos domésticos. – Tem um voo que vai sair para Ohio em quarenta minutos.

– Ela deve estar nesse – Gabriela disse. – E é em quarenta minutos. Ela ainda deve estar esperando em algum lugar para embarcar. – Ela franziu a testa. – Talvez a gente possa falar com alguém na recepção ou alguém encarregado de... Eu não sei, alguma coisa. Deve haver alguém com quem possamos falar. – A sobrancelha de Sheilla se levantou, como se ela tivesse lembrado de algo. Gabriela olhou para ela. – O que?

Sheilla pegou seu celular e foi procurando alguém nos seus contatos.

– O que você tá fazendo?

Sheilla colocou o dedo indicador na frente, sinalizando para Gabriela esperar. Ela se sentiu aliviada por lembrar que a seis meses atrás, ela, pessoalmente, tinha ajudado o Sr. Henry Yorbitz, por crime de colarinho branco e também foi um grande golpe de sorte que a esposa do Sr. Yorbitz, trabalhava nesse aeroporto.

Feels Like Home | SHEIBIOnde histórias criam vida. Descubra agora