Little Devil

Capítulo 2

Sem enrolação ok? Não se assustem kkkkk

Jungkook

-Lucifer!

Estou irritado, eu estava super ocupado assistindo as torturas do dia quando disseram que na ralé, nome que eu carinhosamente chamo aquela parte do inferno, tinha um demônio diferente dos outros.

Me relataram que ele não estava fazendo seu trabalho e que ainda chorava, fiquei com ódio e vim mostrar pra essa coisa que é pra fazerem o que eu mandar.

Ele não está em um spa, está na porra do inferno e aqui todos seguem minhas regras.

-Quem é o demônio?

-Que demônio? -Me virei irritado.

-Você quer morrer no lugar dele?

-N-não.

-Então anda imbecil, me mostra quem tá dando trabalho aqui. -Ele passou por mim praticamente correndo e foi até o pequeno corpo jogado no chão.

-Me solta, você está me machucando, solta! -E quando eu notei lágrimas saindo de seus olhos foi como se meu mundo tivesse desmoronado.

-Você vai sumir daqui de uma vez por todas.

-Solta, solta solta, tira as mãos dele.

-Mas, Lúcifer

-Agora! -Gritei já irritado, o garoto foi solto e eu andei até ele notando que ele estava tremendo. -O que está acontecendo?

-Estou com medo.

-Não precisa temer. -Passei a mão em seus cabelos. -Onde estão suas asas? Você não tem?

-Tenho, estão guardadinhas porque os demônios ficam falando que vão arrancar elas de mim.

-Você pode mostrá-las pra mim?

-Você vai machucar elas? -E seus olhos se encontraram com os meus, na hora eu fiquei hipnotizado.

Seus olhos eram coloridos, um em um tom de amarelo com um brilho lindo e o outro castanho meio avermelhado.

-Vai?

-Hã? Não, não, pode mostrar.

E logo um par de asas fazia parte do seu corpo, elas eram tão negras que transmitia medo.

Fui com a mão pra tocar e ele deu um passo atrás, dei um sorriso ladino e segurei delicadamente seus cabelos e o trouxe em minha direção.

-Não posso te tocar?

-Pode, mas na asa não.

-E porque? -Me aproximei deixando nossos rostos perto, muito perto.

-Porque dói. -Passei a língua em seu rosto e fui até seu ouvido.

-Não dói, vou tocar com cuidado. -Fui passando a mão por seu corpo até a escuridão atrás de si, ele não reclamou então não machucou. Eram tão macias quanto as minhas -Você vem comigo.

-N-não, eu prometo fazer direitinho, eu nem choro mais!

-Ei.

-Por favor, eu prometo pra você que vou ser um demônio de verdade só por favor não me mata.

-Eu não vou te matar pequeno, vou te levar comigo para que eu possa cuidar de você.

-C-cuidar?

-Isso, cuidar.

-Não está me enganando né? -Mesmo com medo ele cemicerrou os olhinhos em minha direção deixando ele ainda mais adorável.

-Absolutamente não. -Alisei seu rostinho lindo.

-Hum... -Colocou a mão no queixo, como uma criaturinha consegue ser tão linda assim? -Eu vou.

O pequeno agarrou minha mão entrelaçando nossos dedos, de início eu me assustei mas depois sorri mínimo fechando o aperto.

-Então vamos, tem algo que queira pegar?

-Meu amigo me deu um ursinho, posso levar?

-Pode, e cadê seu amigo?

-Lá em cima

-Um humano?

-Mais em cima.

-Querido, olha pra mim. -Ele fez. -Seu amigo é um anjo?

-Uhum.

-Isso é contra as regras, eu já avisei mas esse teimoso não me-

-Vá pegar pequeno. -Ele assentiu e saiu quase que correndo. -Eu sei as regras, não precisa me falar, sou eu que às dito. -Cheguei perto do imbecil. -Então quer dizer que você está sabendo de coisas e não está mandando me contar

-Lucifer

-Eu não estava sabendo de nada, não estava sabendo da amizade entre seres de dois mundos, não estava sabendo que ele chorava, aliás.

-Pronto. -O pequeno apareceu sorrindo e grudou em minha mão novamente

-Como se chama, uh?

-Jimin.

-Pode me dizer porque você chorava? -Ele assentiu já triste. -Eu não vou brigar com você.

-Mesmo? -Assenti. -Eu não quero ser mal.

-Não gosta de ser um demônio?

-Gosto, é bom, quase não sinto dor.

-E porque sentiria dor? O que está acontecendo com você?

-Eles me batem, me chamam de esquisito e quando eu fico tristinho por fazer maldade eles batem em mim.

-Vamos pra casa Jimin, tenho muito o que fazer aqui, depois.

-Você tem um nome?

-Tenho, quer saber?

-Sim sim!

-Jeon Jungkook.

-Muito bonito, igual você.

-Eu sou bonito é? -Pisquei pra ele.

-Lindíssimo!

Preciso falar o quanto eu gostei desse menino de olhinhos coloridos? Acho que não é preciso né?

[...]

-Bem vindo ao seu novo lar.

-Uau -Ele deu um passo sozinho mas deu meia volta e me abraçou apertado quando ouviu um grito. -O que foi isso?

-Pessoas sendo torturadas.

-Posso ver?

-Depois, tá bom? -Ele concordou. -Vamos, vou te mostrar onde você vai ficar por enquanto.

Ele voltou a concordar mas não moveu um músculo, sorri e me abaixei um pouco pra pegar ele no colo.

Depois de feito Jimin ficou me olhando e eu segurei o riso quando ele lambeu meu rosto.

-O que é isso?

-Não sei, você fez em mim e eu quis fazer também.

-E se eu fizer isso? -Lhe dei um selinho e puxei os lábios bonitos entre os dentes.

Macios, macios e docinhos.

O pequeno sorriu e fez o mesmo comigo, de brinde ainda puxou os fios do meu cabelo.

Sem dizer uma palavra eu segui caminho com ele nos braços até meu quarto.

Ah Jiminzinho, nós vamos nos divertir muito a partir de agora.

Te garanto.