dezessete

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Eu encarava o portão da escola já fazia quase dez minutos

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Eu encarava o portão da escola já fazia quase dez minutos. Eu já podia imaginar todos os olhares que iriam fazer assim que eu entrasse. Eu estava com medo.

— Oi, Sabi.

— Achei que você já tinha entrado.

— Demorei demais para sair de casa por falta de coragem, eu preferia ter faltando.

Ri.

— Você quer ajuda?

— Você se incomoda?

— Não. Posso?

Assenti.

Quando entramos, todos os olhares possíveis foram direcionados para a gente. Eu queria morrer. Eu nunca queria ter voltado.

— Só ignora. Só ignora.

— Eu 'tô ignorando. Fica tranquilo.

— Sabi! — ouço Sina correr até mim e me abraçar.

Meu Deus. Por que ela precisou falar tão alto?

— Oi, Sina..

— Meu Deus, como você está? Está tudo bem?

— Ei, fica calma. Eu estou bem. Eu estou ótima.

Era mentira. Mas ela não precisava saber nesse momento.

— Valeu por ter cuidado dela por mim e não ter feito bullying com ela, May.

Ele nunca tinha feito bullying comigo. Era o único que nunca fez isso.

— Eu nunca fiz, então vou dizer "de nada" só pela primeira parte.

— Sina, pode parar? Ele é meu amigo.

Ela sempre odiou o pessoal do time de hóquei, principalmente ele. E eu nunca entendi o motivo.

— Posso pegar carona com você para voltar para casa? — me viro para May — Não quero ter que ouvir as perguntas da minha mãe.

— Claro. Te vejo depois.

Sina me ajudou a ir para a sala. E cada vez que os minutos passavam, as coisas ficavam horríveis. Eu odiava tudo.

Assim que todas as aulas acabaram, eu e o Bay fomos para o carro da mãe dele. Eu nunca tinha falado com ela. Foi bem estranho.

— Vai querer ajuda para entrar na sua casa?

— Hm.. pode ser.

— Sua mãe está em casa?

— Acho que sim.

Assim que o carro foi estacionado, descemos do automóvel e eu abri a porta de casa. Minha mãe não estava na sala.

— Mãe, eu cheguei.

Olhei para os papeis que estavam na bancada. A primeira coisa que eu pensei é que seria algo da escola falando da segurança ou que sentem muito pelo o que aconteceu.

— O que é isso? — peguei o papel e li.

Puta merda.

— Será.. que você pode chamar sua mãe? Acho que ela precisa explicar uma coisa para a gente.

— O que está escrito?

— É que.. meio que aqui diz que a gente é... bom, irmãos. Gêmeos.

— Como é?

— Como é?

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continua...

𝗺𝘆 𝗯𝗿𝗼𝘁𝗵𝗲𝗿Where stories live. Discover now