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Ana 🦋

Minha vida nunca foi tão fácil como sempre parece, era uma correria horrível, cada hora eu tendo que me virar de alguma forma, mas isso tudo valia quando eu conseguia bancar todos meus luxos.

Sempre gostei muito de ter o que era meu, correr atrás sozinha, deve ser por isso que resolvi morar sozinha tão cedo. Assim que fiz 16, mas pra quem trabalhava desde os 12 e tinha dinheiro guardado, não foi um desafio grande.

Meus pais moravam em são paulo mas eu sempre quis vim pro Rio, e foi isso que eu fiz. Tinha alguns amigos de rolê por aqui e só meti o pé, no início foi difícil convencer que eu de 16 anos iria conseguir me virar sozinha e não ia querer voltar pra casa em uma semana.

E ainda bem que deu tudo certo, hoje tenho tudo que eu quero, aos poucos conquisto mais.

Eu fechei o caixa e sai pela porta dos fundos, dei boa noite pro segurança e fui andando, mas alguém parou a moto na minha frente me fazendo encarar. Olhei pra cara da pessoa e vi o moleque que praticamente me perseguia, soltei uma risada e coloquei as mãos na cintura.

— E aí, te deixo em casa?! - Apontou com a cabeça.

Ana: Eu nem me lembro seu nome, então acho que é melhor não.- Falei sorrindo divertida.

— Como que tu não lembra pô? Sou inesquecível.- Falou em tom de brincadeira.- Mas eu lembro onde tu mora.

Ana: Isso é um problema, acho que vou me mudar.- Brinquei dando os ombros.- Já fazem meses desde que você tava lá, como ainda lembra?

— Se tu sabe que fazem meses, sabe quem eu sou.- Piscou.

Ana: Realmente não lembro seu nome.- Coloquei as mãos na cintura.

— Pode me chamar de Davi pô, mas prefiro Goiaba.- Estendeu a mão e eu apertei.- E aí, Ana?

Ana: Vamos, Davi.- Falei me rendendo ao seu charme e subi na moto.

Ele realmente lembrava o caminho exato o que me fez rir, mas era só três ruas depois, eram bem movimentadas por isso eu sempre vinha andando.

Goiaba: Tem gente morando aí? - Apontou pra uma casa, e se eu não me engano era a mesma casa que tinha acontecido o babado todo no dia em que eu conheci ele.

Ana: Sim, uma mulher. Nunca tinha visto ela por aqui.- Falei vendo ele parar na frente da minha casa.

Ele olhou desconfiado e eu abri o portão, ele veio atrás de mim e eu encarei ele parando de andar.

Ana: Obrigada pela carona.- Falei encostada no portão.

Goiaba: Cadê o convite pra entrar? - Cruzou os braços indignado.

Ana: Não gosto de receber gente na minha casa.- Falei rindo fraco.

Goiaba: Não posso te levar pra jantar então? - Insistiu.

Eu já havia pegado no ar o estilo dele, era a cara dos moleques que só queriam transar com a mina, e com toda certeza não era meu estilo.

Eu era mais de romance de verdade, então odiava o lance de sexo casual.

Ana: Jantar e nada mais.- Prolonguei.- Mas pode ser no sábado? Hoje eu estou cansada.

Goiaba: Jae, é só falar falar comigo.- Balançou o celular e eu soltei uma risada.

Ana: Eu tenho seu número? - Falei desentendida, só pra ter o gosto da cara dele mudar.

Ele concordou dizendo que sim e eu peguei meu celular, pesquisando vendo ele do meu lado. Fiz uma de surpresa quando vi que tava salvo mas realmente sabia que estava ali, só não quis chamar pra ver até onde ele ia, essa era minha maior diversão.

Vida LoucaWhere stories live. Discover now