UM PASSO DE CADA VEZ

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Ao chegar a cidade de Escária, o jovem ômega se viu embasbacado , pois a imagem que todo tem da grande cidade vampírica é de uma cidade suja ,marrom, fétida ,onde as pessoas parecem mortas , quase zumbis sujos com sede de sangue, ruas desertas e a imagem à sua frente era surreal. Uma cidade linda ,colorida, cheia de vida, movimentada , uma grande metrópole com pessoas lindas , sorridentes, crianças fofas, um bum na cabeça de Uriel que não conseguia disfarçar seu encantamento e curiosidade por tudo que via.

No caminho até o grande castelo afastado da cidade urbana, Uriel presenciou o quanto o rei era querido, falava com todos, todos podiam se aproximar de Heitor, as crianças o rodeavam, ele sorria, Uriel ainda não o tinha visto sorrir genuinamente, era encantador

-Venha, vamos de carro, sei que para nos grandes distancias não são cansativas, mas você certamente ficara exausto -falou Heitor conduzindo Uriel para um carro estacionado a frente de uma padaria colonial

-Majestade, não o vejo a dias -perguntou um homem barbudo e sorridente

-Nero, meu amigo, estava resolvendo assuntos reais, mas garanto que você e todo meu povo vão gostar. Principalmente Paulina, onde ela está?

-Saiu para fazer entregas, mas espere ,tenho algo pra vossa alteza -o homem entrou na padaria rápido e saiu com um pacote em mãos

-Tome, sei que ama esses doces desde pequeno -falou risonho

-Obrigada, eram os preferidos de minha mãe, aprendi a amar com ela, são deliciosos. Vou indo, depois peça a Paulina para ir me ver

-Claro, ela aparecera no castelo

Entraram em um veículo que estava estacionado mais a frente e Uriel achou engraçado ver Heitor se deliciar de lamber os dedos com um doce coberto por chocolate

-Quer? sou suspeito, mas é uma delícia -ofereceu Heitor

-Pensei que vampiros só se alimentavam de sangue-falou Uriel pegando um doce no pacote

-Bebemos sangue, mas aprendemos ao longo dos séculos a aproveitar tudo o que a natureza nos fornece, você não verá um vampiro se alimento publicamente, o sangue se industrializou, pra nós se alimentar de outro, só se este for seu destinado.

-Então vocês não andam por aí encurralando pessoas em becos escuros e sugando até o outro morrer-concluiu irônico e sorridente Uriel

-Venha cá, apure sua visão lupina, consegue ver os fios dourados no ar?

-Sim, são muitos e estão por todo lugar, o que são?

-Estes fios me permitem saber tudo o que se passa em meu reino. Caso um vampiro tire a vida de outro, ele será punido com a morte, pra sua surpresa aqui temos códigos de conduta muito rígidos, punições severas e a maior de todas é a morte. Meu povo evolui de forma civilizada, porque não abri mão de muitos valores que aprendi com minha mãe, você ficará surpreso

-Já estou e de uma forma positiva -falou sorridente e se acomodando próximo a janela admirando a paisagem rústica que passava a sua frente

Após 45 minutos de mata quase fechada, o carro parou a frente do grande ou melhor enorme castelo, era uma construção belíssima, via-se pelos detalhes que era antigo, mas muito bem conservado. O rei saiu do veículo e estendeu a mão ao rapaz, que se admirou pela escadaria marmorizada, pelo grande portão negro com entalhes em ouro com as iniciais do rei grafados na porta.

O rei foi recebido por uma mulher belíssima e sorridente que olhou para Uriel com curiosidade e certo desdém.

-Quem é este belo rapaz meu Rei-perguntou Lorena, a governanta do palácio

CONTROVERSIAS DO AMORWhere stories live. Discover now