58 - Pombas brancas

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( TRADUÇÃO DO TUMBLR )


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( Klaus não percebe que seus sentimentos são correspondidos até que seja tarde demais. )


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- Por que eu iria querer te deixar? Você é meu tudo.

Seu olhar se desviou para o seu copo enquanto você girava o conteúdo dentro com seu canudo, um calor tímido corando em suas bochechas. De repente você ficou muito consciente do braço dele pendurado na mesa atrás de você e da proximidade entre seus corpos. 

- Meu maior amigo. - Você levantou o queixo para que seus olhos pudessem olhá-lo. - Minha maior inspiração. - As íris escuras estavam brilhando quando você finalmente ganhou coragem para enfim falar. - Minha alma gêmea.

- Mesmo se eu quisesse deixar você para trás, os deuses acima não permitiriam.

Seu coração pulou uma batida quando ele se abaixou, os dedos deslizando sobre a pele lisa de sua bochecha, lábios carnudos entreabertos quando ele se inclinou ainda mais. 

Sua respiração se espalhou sobre seu rosto, cílios esvoaçando enquanto ele te observava, um olhar em seus olhos que era diferente do jeito que ele normalmente te via. Ou pelo menos, quando você estava prestando atenção. 

A atmosfera era diferente, o mundo caótico ao seu redor abafado pelas batidas constantes que enchiam seus ouvidos. 

Para aquele momento, ele era realmente tudo, seu sonho mais lindo, seu desejo mais ansiado.

- Prometa-me. - Ele respirou, os olhos caindo para seus lábios.

Aquele brilho travesso em seus olhos embotou, uma supernova desaparecendo em um buraco negro na obra-prima que era a galáxia do seu olhar. 

Seus lábios tremeram, os músculos se esticando para formar um sorriso simples, um que nunca deixou de liberar imensa serotonina por todo o corpo, para acalmar sua tempestade incessante em apenas um nanossegundo.

Cílios longos esvoaçando e pálpebras crescendo em peso, você tentou fazer o que ele disse, para segurar seu olhar. Ele tomou seu tempo para observar suas feições então, a mente momentaneamente vagando para as muitas vezes que ele prometeu recriá-la em uma tela, pois ele não poderia deixar passar uma criação tão bonita.

Se ao menos ele tivesse mais tempo. 

O tempo era uma merda.

Um brilho de pequenas gotículas se acumularam sobre a superfície sobre seus olhos, criando um brilho artificial. Uma lágrima solitária e rebelde saiu e rolou pelo seu rosto assim como uma da sua, as duas se misturando antes de encontrarem o chão.

Seus dentes afundaram em seu lábio inferior enquanto ele embalava seu rosto contra seu peito, tentando ser forte para você sem sucesso. 

Os gritos de dor contidos obstruíram sua garganta, embora as lágrimas fossem implacáveis ​​em inundar suas bochechas. 

Ele estava tão consumido por seus pensamentos que quase estremeceu quando sua mão se estendeu para roçar a pele molhada de seu rosto. 

- Não chore por minha causa. - Você sussurrou, a voz fraca ainda escorrendo várias e várias lágrimas. - Você é bonito demais para chorar.

Ele cerrou os dentes, o peito arfando enquanto lutava contra as lágrimas por você. 

- Sinto muito. - Ele soluçou. - Me desculpe, meu amor.

𝔎𝔩𝔞𝔲𝔰 𝔐. - ⁱᵐᵃᵍⁱⁿᵉˢ ⚜️ IWhere stories live. Discover now